Após o massacre ocorrido na escola Raul Brasil, na última quarta-feira (13), na cidade de Suzano (SP), as autoridades agora têm que lidar com outro problema que tem deixado pais, alunos e professores apreensivos: a onda de boatos.

A onda de notícias falsas que tem circulado desde o caso de Suzano provocou a suspensão das aulas de uma unidade do SESI da cidade de Sorocaba, no interior de São Paulo, o que deixou quase dois mil alunos sem aula.

A decisão foi tomada pela diretoria como medida de segurança após no final de semana terem sido propagadas mensagens falsas dando conta de que o local seria alvo de um novo ataque. A Polícia Civil foi acionada e investiga o caso.

A direção registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e informou também que está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos alunos. A suspensão das atividades nesta segunda foi comunicada aos pais e responsáveis através das redes sociais e grupos de pais e professores. Através de nota, a instituição informou que a medida foi tomada como meio de prevenção após a ameaça de violência e que abriu investigação para descobrir quem foi o autor das ameaças.

No SESI de Sorocaba estudam 1824 alunos. Eles estão divididos em dez turmas do período integral do 1º ao 5º ano fundamental. Também existem outras 15 turmas de 1º a 5º ano do ensino fundamental que estudam em período parcial, além de turmas do ensino médio.

A prefeitura de Sorocaba também se manifestou. Em nota, disse que após tomar conhecimento das postagens contendo ameaças acionou a Polícia Civil e a Polícia Militar para que pudesse ser checada a veracidade das mensagens. A prefeitura também informou que desde o ocorrido em Suzano, foi reforçado o patrulhamento ostensivo nas escolas, que está sendo feito pela Guarda Municipal.

Polícia identifica autor das postagens

Segundo informações passadas pela polícia, o autor das postagens com ameaças ao SESI é um adolescente de 14 anos.

Ele foi levado para a Delegacia de Polícia acompanhado dos pais, onde prestou depoimento. Uma busca foi feita em sua casa, mas nenhum armamento ou artefato foi encontrado.

No ataque de Suzano morreram cinco alunos, uma coordenadora pedagógica, uma inspetora de aluno, além de um comerciante, que era tio de um dos atiradores, que foi baleado em sua loja de carros momentos antes. Após cometer o ataque, um atirador matou o comparsa e depois se suicidou.