Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, enganou o pai horas antes do massacre em uma escola em Suzano, na Grande SP. Um dos dois autores do ataque ocorrido nesta quarta (13), ele acordou bem cedo e caminhou com o pai até a estação de trem. Costumeiramente, eles chegavam na estação por volta de 5h30. Luiz e o pai trabalhavam juntos com serviços gerais, capinagem e retirada de entulhos.
Antes de embarcar no trem, Luiz enganou o pai e disse que não estava se sentindo muito bem. O rapaz alegou que estava febril e com dor de garganta e por esse motivo o melhor a ser feito era retornar para a casa. Entretanto, ele não retornou, o que Luiz fez foi encontrar com seu amigo Guiherme Taucci, de 17 anos, e ao lado dele realizou o massacre na escola. No total, o massacre deixou 10 mortos, incluindo os próprios atiradores.
Como Luiz não chegou em casa, a mãe dele ficou preocupada, inclusive ligou para um vizinho, o aposentado Cesar Abidel, de 53 anos e relatou que o menino ainda não havia chegado e por isso solicitou a Cesar que ligasse para Luiz, para tentar descobrir onde ele poderia estar.
O jovem não tinha intenção de voltar para casa, ele foi se encontrar com Guilherme, e os dois foram juntos para a escola.
Entenda o caso
Os dois invadiram o colégio e começaram a atirar contra todos que viam pela frente. A invasão aconteceu por volta de 9h30. Os alunos e funcionários ficaram desesperados. Correrias, gritos, agressões e mortes marcaram o massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande SP.
Merendeira ajuda a esconder 50 crianças
A merendeira Silmara Cristina Silve de Moraes tem 54 anos e está sendo considerado uma grande heroína. Assim que ela percebeu que algo de errado estava acontecendo, teve a iniciativa de abrir a porta da cozinha e tentar fazer com que um grande número de crianças se esconderem na cozinha.
Com sua bravura e com a ajuda de alguns amigos de trabalho, felizmente ela conseguiu fazer com que pelo menos 50 crianças se refugiassem ali.
Na tentativa de impedir que os assassinos entrassem na cozinha, ela e os colegas de trabalham empurraram freezer e geladeira para a porta da cozinha e usaram isso como barricada. Eles também tombaram uma mesa para que pudesse ser usada como escudo. As crianças permaneceram deitadas, mas todas estavam completamente aterrorizadas.