Maria Edjane de Lima, de 35 anos, foi espancada e morreu durante o parto prematuro na última terça-feira (5). O marido dela é o principal suspeito do crime, ocorrido na cidade de Barra Mansa, no Rio de Janeiro.

Edjane teria enviado mensagens através do WhatsApp para uma vizinha antes de ter dado entrada no hospital. Ela pedia para ser tirada daquela vida e disse que não aguentava mais. Ela era naturaL de João Pessoa, capital da Paraíba.

Teor da conversa entre ela e a vizinha pelo aplicativo

Maria enviou uma mensagem com tom de desespero para sua vizinha.

Ela pedia para ser tirada daquele "inferno". Na mensagem ela também contou que por muitas vezes o marido fazia com que ela dormisse sentindo fome. Edjane disse que era impedida de cozinhar porque as panelas não pertenciam a ela e sim ao marido.

Ela chegou a dizer que iria procurar um albergue. Ela suplicou por socorro na mensagem e pediu para ser salva. Ela relatou que foi obrigada a dormir no chão e por isso passou a noite em claro.

Edjane ainda disse na mensagem que o marido se referia a ela como uma mulher de programa e fazia afirmações insinuando que ela trabalhava em uma zona. Essas foram as últimas mensagens que a vítima trocou com a vizinha.

Entenda o caso

Na última segunda-feira (4), segundo a Polícia, Edjane foi espancada pelo marido Oderban Gonçalves Braga, de 45 anos.

Ele foi preso e será indiciado pelo crime de lesão corporal seguida de morte.

Após apanhar muito, Maria foi encaminhada ao Hospital da Mulher, que fica localizado em Barra Mansa, Rio de Janeiro.

Grávida, Edjane recebeu vários golpes, inclusive na barriga. A vítima ainda não estava em seu sétimo mês de gestação. Quando chegou ao hospital, os médicos perceberam que a placenta dela havia se deslocado e que ela apresentava sangramento vaginal.

Diante disso ela foi transferida para o centro cirúrgico onde os médicos decidiram que ela precisava passar por uma cesariana. O bebê nasceu e está internado na UTI Neonatal da unidade médica. A menina nasceu prematura, com 27 semanas de gestação. Maria, por sua vez, apresentou dificuldades respiratórias. Os médicos fizeram o possível para salvá-la, entretanto ela não resistiu e morreu na madrugada da última terça-feira (5).

As autoridades estão investigando para descobrir se a morte dela aconteceu em decorrência ao espancamento. A delegacia aguarda o IML emitir o laudo para poder concluir o caso.

No final do dia em que a vítima faleceu, a delegacia conseguiu reunir todas as provas que necessitava para poder solicitar a prisão preventiva de Oderban.