A Polícia Civil apreendeu nesta terça-feira (19) um adolescente de 17 anos suspeito de envolvimento no ataque à escola Raul Brasil, em Suzano, na última quarta-feira (13). Ele foi apreendido pela polícia pela manhã e encaminhado ao IML e posteriormente para o Fórum da cidade.

Atendendo a uma determinação da juíza Erica Marcelina Cruz, da Vara da Infância e Juventude, e também a um pedido do Promotor de Justiça Rafael Val, que atua no caso, o menor ficará em internação provisória por 45 dias em uma unidade da Fundação Casa. Há a possibilidade de o prazo de internação ser prorrogado.

Ainda não foi decidida para qual unidade da Fundação ele irá.

As investigações apontaram indícios concretos da participação do menor no massacre após analisaram seu celular e também dos atiradores, onde foram encontradas mensagens trocadas entre eles falando a respeito da ação que planejavam. O rapaz já havia se apresentado ao Fórum na última sexta-feira (15), quando na ocasião negou que tivesse participado do atentado e, por não terem sido encontrados indícios de seu envolvimento pela promotoria, ele foi liberado.

Na segunda-feira (18), foi apresentado pela polícia ao Ministério Público um relatório com os resultados de buscas feitas na residência do menor. Dentre outras coisas foram achados desenhos de pessoas mortas, mensagens criptografadas além de uma bota militar.

O calçado é muito semelhante ao usado pelos atiradores no dia do ataque.

Dono de estacionamento reconhece terceiro envolvido

O depoimento do dono de um estacionamento, onde a dupla de atiradores guardou o carro usado no crime, ajudou a polícia a chegar ao terceiro suspeito, que teria participação do planejamento da ação. Segundo o empresário Eder Alves, de 36 anos, entre os dias 21 e 25 de fevereiro ele viu esse terceiro elemento em duas oportunidades.

Na delegacia ele não reconheceu a fisionomia do rapaz através da foto mostrada pela polícia, porém afirmou que seu biotipo é semelhante ao da pessoa que esteve junto com a dupla. No estabelecimento existem câmeras de segurança que registraram a presença dele, porém o sistema guarda apenas dados dos últimos sete dias.

No ataque morreram duas funcionárias da escola, cinco alunos e um comerciante, que foi baleado minutos antes em sua loja de veículos e era tio de um dos atiradores. Ao se depararem com policiais, um dos atiradores disparou contra o comparsa e depois se suicidou.