Um terceiro acusado de envolvimento no ataque da Escola Estadual Professor Raul Brasil foi apreendido pela Polícia. Ele é suspeito de ter participado de todo planejamento para o ataque à escola em Suzano, na Grande SP. Ele teria sido apreendido por ordem judicial e dirigido à Fundação Casa, que não teve sua unidade divulgada por questões de segurança. A quebra de sigilo do telefone celular do menor foi autorizada pela Justiça para questão de análise de dados e mensagens enviadas pelo acusado.

Jovem teria enviado mensagens a um amigo

Segundo informações do jornal O Estado de S.

Paulo, ele teria enviado mensagens a um amigo, onde relata que o plano teve seu início quando eles ainda estavam no primeiro ano do ensino médio, e completa dizendo que era para ele estar presente no momento do ataque. O amigo, por sua vez, questiona se ele teria algo a ver com o ataque, mas, no entanto, o jovem nega. Afirma, porém, que eles tiveram várias conversas sobre o assunto e que o ataque poderia ter sido baseado nisso.

Uma professora do adolescente teria contado à polícia que há alguns dias, durante uma dinâmica sobre a projeção do futuro, ele teria respondido a ela, com desdém e de forma distante, que teria o desejo de entrar em uma escola e, armado, abrir fogo de forma indiscriminada contra as pessoas presentes.

Ela relata ter ficado perplexa com o modo que o aluno contou seu desejo e que ele ainda foi questionado a respeito de arrependimento, tendo respondido que não teria, que seria um prazer presenciar o acontecimento.

Mesmo com a quebra de sigilo do telefone do jovem para acesso às mensagens, a Polícia Civil e o Ministério Publico ainda analisam e suspeitam de um possível envolvimento de usuários de fóruns clandestinos no ataque.

Em depoimento à polícia, o jovem relatou que, em 2015, ele e seus amigos teriam tomado consciência da existência do caso do massacre em Columbine e que eles apresentavam um grande interesse nessa tragédia em particular e imaginavam um possível massacre na escola Raul Brasil. Ele ainda conta as imaginações macabras que tinha, desde a confecção de uma bomba falsa à ataques de machado.