Nesta terça-feira (19), o Governo do Distrito Federal (GDF) optou por reforçar o policiamento nas escolas públicas da região. O atual governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), convocou uma reunião com o Secretário de Educação, Rafael Parente, a comandante-geral da PM, Sheyla Sampaio, e o Secretário de Segurança, Anderson Torres. Ao final da reunião, o Governador resolveu aumentar a quantidade de policiais em unidades de ensino do Distrito Federal.

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) também intensificará as rondas no entorno de cada escola.

Segundo informações fornecidas pelo Secretário de Educação, a ideia inicial é que os policiais militares marquem presença constante em, no mínimo, 40 escolas da região. Esses 40 colégios escolhidos são consideradas os mais 'problemáticos'. No restante das instituições de ensino haverá um revezamento policial. Ao todos serão entre 150 e 180 policiais. A Inteligência ainda não definiu por quanto tempo cada policial ficará no local nem quais serão as escolas com mais policiamento.

Parente também afirmou que haverá um monitoramento dos perfis dos alunos nas redes sociais. O objetivo é identificar qualquer possível ameaça de ataque.

Ameaças recentes envolvem bomba

Essas medidas foram tomadas logo após surgirem uma série de denúncias sobre ameaças, tanto em escolas públicas como em escolas particulares do Distrito Federal.

Algumas mensagens divulgadas nas redes sociais estão sendo investigadas pela Polícia Civil do Distrito Federal. As publicações contém mensagens de ódio e a maior parte delas remete ao ataque ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano, São Paulo. Até então, já havia quatro ocorrências registradas na Asa Norte, Paranoá, Águas Claras e Recanto das Emas.

Nesta segunda-feira (18), o esquadrão antibombas da PM teve que ser acionado no colégio Gisno, localizado na quadra 907 da Asa Norte. Segundo a polícia, quatro menores, juntamente com um maior de idade, estavam publicando mensagens ameaçadoras. Nada foi encontrado durante a varredura.

Os policiais ainda fizeram uma vistoria na casa de um dos estudantes mas nada foi encontrado.

Porém, ao investigarem o celular do rapaz, se depararam com uma conversa entre ele e mais três colegas. De acordo com o delegado-chefe da delegacia que cuida dos menores e adolescentes, na conversa de WhatsApp haveria detalhes do plano de atentado. O delegado conta, ainda, que o rapaz afirmou que tudo não passava de uma brincadeira. Porém, durante a oitiva, ele teceu vários elogios ao massacre ocorrido na escola de Suzano.