Um dos heróis do massacre na Escola Raul Brasil, em Suzano (SP), o policial militar Eduardo Andrade Santos, de 34 anos, concedeu uma entrevista ao G1 contando mais detalhes acerca da sua participação durante o massacre, onde ele foi fundamental para evitar que mais mortes acontecessem.

O soldado é vizinho da escola e, no dia do massacre, estava de licença médica, pois havia sofrido um acidente com a sua arma de fogo, que disparou acidentalmente em sua perna. Eduardo ainda revelou que poucos dias antes do atentado ainda estava usando muletas. Contudo, no dia em questão, o PM estava mais recuperado e não pensou duas vezes antes de apanhar sua arma, seu distintivo e entrar na escola sem seu uniforme enquanto o crime estava acontecendo.

Para se ter uma ideia do risco que o policial correu, ele poderia ter sido confundido com um dos assassinos na hora em que os policias chegassem. Mas, como é treinado para enfrentar situações de tiroteio, o PM utilizou-se dos seus conhecimentos, deixando à mostra o seu distintivo no peito para que os outros policiais o reconhecessem quando chegassem.

Eduardo comentou que em toda a sua carreira na Polícia, ele sempre tentou separar as coisas, não deixando os seus casos influenciarem em sua vida pessoal, sendo assim, o policial completou dizendo que em todas as ocorrências as quais ele participou tiveram um fim, contudo, no caso do massacre em Suzano, parece-lhe que aquilo tudo ainda não acabou, como se esse caso não tivesse tido um fim, sendo que ele acredita que esse sentimento, que essa ocorrência, nunca acabará.

Jovem que lutou contra um dos assassinos do massacre em Suzano concede entrevista ao 'Encontro'

A estudante Rhyllary Barbosa dos Santos, uma das sobreviventes do massacre que ocorreu na Escola Raul Brasil, em Suzano (SP), concedeu uma entrevista exclusiva ao programa "Encontro", de Fátima Bernardes, durante a manhã desta quinta-feira (21).

Rhyllary é lutadora de artes marciais, sendo ela a garota que entrou em combate corpo a corpo com um dos assassinos, como também quem abriu o portão da escola para que outros alunos pudessem fugir.

No programa, a jovem de apenas 15 anos de idade contou que a sua intenção não era de enfrentar o assassino, mas, sim, apenas conseguir fugir.

Contudo, quando ele se aproximou dela e a garota percebeu que ele iria atacá-la, não pensou duas vezes e utilizou-se dos seus conhecimentos de jiu-jitsu, conseguindo livrar-se das mãos do assassino, abrir o portão da escola e escapar do local.