A Polícia identificou um terceiro suspeito de ajudar no planejamento do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil e pediu sua apreensão. Cabe lembrar que, pelo fato dele ser menor de idade, não se fala em prisão. O adolescente de 17 anos se apresentou no Fórum de Suzano e deu seu depoimento. Ele acabou saindo pela porta da frente do local, pois o Ministério Público não viu indícios, nesta fase, de vínculo do rapaz no crime.

De todo modo, as investigações continuam e um mandado de busca e apreensão foi feita na casa do rapaz, nesta sexta-feira (15) e algumas provas podem ser peças fundamentais para associá-lo à ação.

Um par de botas militares e anotações. As imagens dos artigos apreendidos foram apresentadas pelo Jornal Nacional desta sexta (15).

O suspeito é ex-colega de turno de Guilherme, que é considerado pela polícia o mentor do crime e pode ser peça importante para que a polícia entenda o que estava envolto ao crime que vitimou dez pessoas em Suzano, dentre elas, os dois assassinos, um tio de Guilherme, cinco alunos e duas funcionárias do colégio.

Suspeito se apresenta e é liberado

Segundo a promotoria, ainda não existem provas que vinculem o jovem ao crime. Entretanto, segundo o delegado-geral da Polícia de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, em entrevista coletiva divulgada no mesmo jornal da Globo, o JN, o suspeito confessou que indicou para os assassinos a utilização de explosivos e confessou que teria vontade de participar do crime.

O delegado, inclusive, vê com muita preocupação a liberação do rapaz pela Justiça. A autoridade, inclusive, continua afirmando categoricamente, que o rapaz participou sim do planejamento e que apenas não participou das ações.

Autores tentavam 'imitar' Columbine

A polícia tem sido cautelosa ao afirma que os jovens tenham tido ajuda de grupo extremista na 'deep web', mas segundo informações preliminares divulgadas em fontes de notícia, o rapaz teria até se despedido no grupo dizendo que sua morte não seria em vão e que ele morreria como um herói.

Neste mesmo grupo, o assassino de Realengo seria visto como uma espécie de herói pelos integrantes. "Esse terceiro suspeito identificado não estava naquela localidade. Ele participou, em tese, de todo o planejamento”, explicou o delegado.

Confira alguns dos itens apreendidos na casa deste terceiro suspeito. O delegado Fontes ainda disse que os pares de botas apreendidos na casa do rapaz são idênticos aos que usavam os assassinos Guilherme e Luiz.