O massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), que aconteceu na última quarta-feira (13), segue sendo investigado pela Polícia. Conforme relatou o delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, um terceiro jovem teria tido envolvimento no planejamento inicial do crime que acabou vitimando 10 pessoas, entre crianças e adultos. O pedido de apreensão ao novo suspeito já teria sido feito pela polícia, que espera uma decisão do Juízo da Infância e da Juventude.

Dono de estacionamento teria visto suspeito na companhia de Guilherme e Luiz Henrique

Ainda de acordo com o delegado que investiga o caso, os atiradores Guilherme e Luiz Henrique já estariam planejando o massacre desde novembro do ano passado e a comunicação entre eles por diversas vezes teria ocorrido de forma presencial, uma vez que moravam perto um do outro.

Além do armamento escolhido pelos atiradores para cometerem o crime, um veículo também também foi alugado com a premeditação do massacre. O automóvel teria ficado guardado em um estacionamento dia antes da ação criminosa, e segundo o dono do estacionamento, Guilherme e Luiz Henrique teriam se encontrado com um terceiro jovem no local.

De acordo com a polícia, o terceiro suspeito teria por volta de 17 anos, idade de um dos atiradores, e conforme relatou o dono do estacionamento, o adolescente teria ajudado os atiradores a guardar sacolas e mochilas no automóvel dias antes do crime.

Com a nova informação em poder da polícia, o novo suspeito teve o depoimento colhido pelas autoridades e mesmo não estando presente na cena do crime tem indícios e provas de sua participação no planejamento do massacre, conforme relatou o delegado, sem dar maiores detalhes, informando apenas que aguarda decisão do Juízo da Infância e da Juventude.

O massacre que causou comoção nacional

Ainda era de manhã quando os atiradores estacionaram o carro na porta da escola Raul Brasil e adentraram o local sem levantar suspeitas, de imediato. Assim que chegaram à recepção, um dos jovens já começou abrindo fogo contra alunos e funcionários presentes, onde acabou fazendo as primeiras vítimas fatais, conforme mostra vídeo de câmera de segurança do colégio.

O pânico se instaurou e diversos jovens tentaram escapar do local aos gritos, muitos deles ainda foram atingidos com socos e golpes de machado, precisando ser levados ao hospital.

Guilherme e Luiz Henrique teriam continuado com o terror até a chegada da polícia, que fez com que um dos atiradores atirasse contra o outro e em seguida tirasse a própria vida. De acordo com o Governo de São Paulo, os assassinos teriam um pacto de morte.