Ao menos oito pessoas, sendo seis crianças e dois adultos, foram mortas na manhã desta quarta-feira (13) após atiradores invadirem a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Há pelo menos uma dezena de feridos, mas ainda não se sabe o estado de saúde que eles se encontram.

De acordo com informações passadas por testemunhas, por volta das 9h30, duas pessoas encapuzadas, que seriam adolescentes, invadiram o prédio, efetuaram os disparos e se mataram logo em seguida. Ainda não se sabe se esses atiradores eram alunos ou ex-alunos da instituição e quais seriam as motivações para cometerem o crime.

No local, os policiais encontraram um arco e flecha e garrafas que aparentam ser coquetéis molotov. Também foi achada uma mala com fios e, por conta disso, o esquadrão antibombas foi chamado.

Um vizinho da escola, que se identificou apenas como Juliano, disse que viu crianças e funcionários saindo correndo e ensanguentados. “Um desespero, professor, funcionários, todos correndo”, disse. Muitos dos alunos procuraram se refugiar em comércios que ficam no entorno da escola.

Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se deslocaram até a escola e dois helicópteros Águia da Polícia Militar também foram acionados, além do GATE.

O governador João Doria, que participava de um evento para falar sobre as enchentes, ao saber do ocorrido cancelou sua agenda do dia e informou que está indo até o local, juntamente com o Secretário Estadual de Educação, o secretário de Segurança e o coronel Salles, onde atenderão a imprensa.

A instituição de ensino tem 358 alunos da segunda etapa do fundamental (6º ao 9º ano) e 693 estudantes do ensino médio, além de um curso de línguas, de acordo com dados do Censo Escolar, realizado em 2017.

Denúncia de arma de fogo perto da escola

Segundo informações passadas pela capitão Cibele, da Comunicação da Polícia Militar, pouco antes de ocorrerem os disparos na escola, a corporação recebeu uma denúncia dando conta de que havia uma arma de fogo perto dali, no entanto, de acordo com autoridade, ainda é prematuro. Cibele explicou ainda que quando os policiais estavam a caminho da ocorrência, ouviram gritos das crianças. “Foram então até a escola, onde os dois criminosos acabaram se matando”, explicou.