As notícias acerca da tragédia ocorrida na Escola Estadual Professor Raul Brasil não param de surgir e assustar os leitores. Desde a última quarta-feira, dia 13, quando Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, invadiram as dependências do colégio em questão, armados com um revólver 38, uma besta e uma machadinha, e vitimaram oito pessoas, entre elas duas funcionárias do colégio, cinco alunos e um comerciante local, os horrores cercando a cidade de Suzano, localizada na Grande de São Paulo, parecem não ter fim.
As ocorrências mais surpreendentes e chocantes vão desde jovens que, embora socorridos ainda com vida, não sobreviveram tempo o bastante para chegar ao hospital, até o fato de que o comerciante morto, Jorge Antônio de Moraes, possuía parentesco com Guilherme, culminando no fato de que uma das funcionárias mortas se posicionavam contra a flexibilização da venda de armas de fogo em suas redes sociais. Todos os faltos envolvendo o colégio Raul Brasil são aterrorizantes e envoltos da mais profunda tristeza.
Aluno retornou à escola
Com uma das notícias mais recentes cercando o fato não poderia ser diferente. Tal notícia se refere a um dos jovens mortos durante a tragédia, Douglas Murilo Celestino, de 16 anos, que cursava o ensino médio na instituição.
Foi relatado que Douglas conseguiu sair das dependências do colégio com vida enquanto o ataque ainda acontecia. Porém, ao procurar por sua namorada, Adna Bezerra, também de 16 anos, e não encontrá-la, o rapaz decidiu voltar ao Raul Brasil para procurá-la, e assim ajudá-la a sair da instituição, mas acabou baleado.
Embora Douglas Murilo Celestino tenha sido socorrido ainda com vida e encaminhado ao Hospital Luzia de Pinho Melo, o rapaz não resistiu e acabou morrendo.
Adna, por sua vez, também foi ferida durante os disparos feitos por Guilherme e Luiz Henrique, mas conseguiu sobreviver e, por enquanto, encontra-se internada na UTI do Hospital das Clínicas, na cidade de São Paulo. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o estado da jovem é considerado estável.
A família de Douglas preferiu não gravar nenhum tipo de entrevista referente ao caso e, nesta quinta, dia 14, encontra-se velando o corpo do rapaz em uma igreja localizada no Parque Maria Helena, na própria cidade de Suzano.
Participam do velório amigos, parentes e algumas pessoas curiosas com o caso. Entre as pessoas que apareceram para prestar solidariedade aos familiares de Douglas, encontra-se a deputada federal Kátia Sastre (PR-SP), que quando foi questionada a respeito da tragédia, classificou-a como algo inaceitável e que precisa ser combatido.