Eduardo Nogueira Reis, de 60 anos, foi preso na tarde do último sábado (30), suspeito de agredir um garoto autista de 5 anos de idade. O fato ocorreu nas dependências da Lojas Americanas, no shopping Pátio Savassi, em Belo Horizonte.

De acordo com informações fornecidas pela Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Eduardo permaneceu preso no Centro de Remajamento Prisional (Ceresp) até a tarde de terça-feira (2) e foi liberado mediante ao pagamento de uma fiança de R$ 10 mil, estabelecida pela Justiça e paga após uma audiência.

As vítimas da agressão de Eduardo Nogueira Reis foram Arlinda Edleuza Oliveira da Mata, de 28 anos, e seu filho.

Na ocasião em que os fatos ocorreram, Arlinda optou por entrar na fila comum do caixa, uma vez que a loja estava vazia. Quando se encaminhava para pagar pelos doces que o filho havia escolhido, o garoto acabou por esbarrar em alguns objetos e, posteriormente, em Eduardo. No momento em que tal fato transcorreu, Arlinda pediu desculpas ao homem, que não respondeu. Porém, quando Eduardo Nogueira Reis se encaminhava para pagar pelos seus produtos, ele deu um tapa na cabeça da criança.

O suspeito foi contido pelas pessoas no local

Arlinda relata que se assustou com a reação de Eduardo e procurou explicar ao homem que o seu filho era autista. Em resposta, Eduardo teria dito que não se importava com a condição da criança e que Arlinda não deveria deixar seu filho encostar nele.

Posteriormente, o homem teria gritado ofensas de cunho racista, machista e gordofóbico, direcionadas à Arlinda.

Outras mulheres presentes no local ficaram com medo de que Arlinda tivesse a sua integridade física ameaçada por Eduardo e alertaram a mulher a não fazer ou falar mais nada. Nesse momento, o gerente da loja interveio na situação, retirando mãe e filho do local.

As mulheres que abordagem Arlinda, porém, se dedicaram a segurar Eduardo até que a Polícia Militar –que já havia sido acionada– chegasse ao local, uma vez que ele estava se preparando para fugir.

Eduardo foi encaminhado ao Serviço de Atendimento ao Cliente do Pátio Savassi enquanto aguardava a chegada da polícia. Em nenhum momento ele tentou negar as agressões praticadas contra Arlinda e seu filho, mas fez questão de ressaltar que as leis não se aplicavam a ele, uma vez que ele é rico.

Arlinda, porém, sentiu que o Shopping Pátio Savassi apoiou Eduardo durante a situação, uma vez que ela teria sido orientada a um funcionário do local a esquecer o ocorrido.