Após reportagem do "Fantástico" do último domingo (31), várias mulheres foram à Polícia para denunciar abuso sexual que teriam sofrido por um tatuador de Belo Horizonte. Leandro Caldeira Alves Pereira, de 44 anos, é suspeito de abusar sexualmente de diversas mulheres diferentes enquanto as tatuava.
Após uma matéria sobre assédio sexual ter ido ao ar na TV, muitas mulheres se manifestaram sobre terem sido abusadas sexualmente e procuram à Polícia Civil ou com uma ativista, chamada Duda Salabert, que está auxiliando na coleta de dados de denúncias contra esse tatuador.
O tatuador Leandro Pereira é dono de um estúdio de tatuagem em um bairro nobre de Belo horizonte. Ele foi preso no domingo (31), logo após a reportagem ter sido exibida pelo "Fantástico". O tatuador foi detido em Lagoa Santa, que fica na Grande BH.
O suspeito foi levado pela manhã para o presídio, e teve o pedido de prisão feito pela Polícia Civil decretado pela juíza Patrícia Santos Firmo. Leandro Pereira foi encontrado escondido na casa de amigos. Já foram registrados 15 boletins de ocorrência contra o Leandro, desde o dia 19 de março, sendo que ele irá responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude.
Segundo a responsável pela investigação, a delegada Larissa Mascotte, mais mulheres entraram em contato com a polícia e possivelmente, ao menos mais uma delas deverá ser ouvida até segunda-feira.
Nos depoimentos, os abusos se repetem, o que reflete o modo com que o tatuador agia, caracterizando seu comportamento abusivo de forma repetitiva com várias mulheres diferentes.
Há relatos de mulheres que desistiram de sessões de tatuagens mesmo sendo necessárias para a finalização do desenho, após serem assediadas. O inquérito para investigação sobre a conduta do tatuador foi aberto no último dia 20 de março.
Em entrevista concedida à Rede Globo, Leandro afirma que vai provar sua inocência. Ele afirma que trabalha no mesmo local há 15 anos e já está na profissão de tatuador há mais de 22. Conta ainda que é vítima de linchamento virtual. O suspeito diz ter muito mais clientes que o apoiam do que acusadores.
O suspeito não tinha passagem pela polícia. Leandro nunca tinha dado entrada em unidade prisional até as denúncias de abusos virem à tona, de acordo com as informações da Secretaria Prisional de Minas (Seap).