O neto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Arthur Araújo Lula da Silva, faleceu devido à sepse, uma infecção generalizada. Tal infecção ocorre devido à presença da bactéria Staphylococcus aureus, comumente associada à infecções cutâneas ou a contusões, que funcionariam como uma maneira da bactéria adentrar a corrente sanguínea. A informação foi confirmada pela Folha de S.Paulo com quatro médicos especializados e a uma fonte próxima ao ex-presidente, que preferiu não ser identificada em respeito à família, que evita abordar assuntos relativos à morte de Arthur.
O fato também foi confirmado na última segunda-feira (1º) pela Prefeitura de Santo André. De acordo com a prefeitura, amostras coletadas na ocasião da internação do garoto foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, e a hipótese de que o falecimento de Arthur tenha sido ocasionado pela meningite meningocócica foi rejeitada. A prefeitura ainda afirma que todos os procedimentos indicados pelo Ministério da Saúde foram realizados pra a proteção e a profilaxia das pessoas que tiveram contato com a bactéria. O Hospital Bartira, pertencente à Rede D’Or, ainda não se posicionou a respeito do caso.
Deputado cobra posicionamento de hospital
Por meio da rede social Twitter, o deputado Alexandre Padilha (PT-SP) publicou uma declaração de que espera esclarecimentos por parte do Hospital Bartira, no que se refere ao diagnóstico sobre a morte de Arthur.
Padilha considera tal informação como "antiética" e que fere a família do garoto, bem como uma ação "irresponsável" para com a saúde pública de Santo André.
Ao ser questionado pela Folha de S.Paulo a respeito de seu posicionamento, Alexandre Padilha disse, via assessoria, que não discutirá questões relativas à bactéria e que não voltará a discutir o assunto em respeito à família.
Entretanto, o deputado ressaltou que comentou a situação para que a Secretaria de Saúde de Santo André procurasse meios de informar a população que não havia um caso de meningite bacteriana circulando na região, bem como para que o hospital falasse a respeito do diagnóstico equivocado e do vazamento da informação.
A motivação do deputado teria sido a corrida para vacinação gerada na região de Santo André pela morte do garoto.
Além disso, diante da impossibilidade de vacinar todas as pessoas, o SUS foi alvo de críticas por parte da população.
É importante saber que o risco de que uma infecção pela bactéria Staphylococcus aureus leve à morte uma pessoa perfeitamente saudável é bastante baixo. Isso estaria condicionado a uma série de fatores, como a própria imunidade do paciente e questões relativas às especificidades da bactéria em questão. Tais situações são mais comuns entre pessoas que já se encontram internadas, especialmente se fazem uso de cateteres ou possuem problemas relacionados à imunocompetência.