No último domingo (31), uma garota transexual foi agredida após recusar fazer sexo com um homem de 30 anos que ela não conhecia. De acordo com informações do site G1, a garota, que estava com as amigas em um quiosque localizado na praia de Itararé, na cidade de São Vicente, no litoral do estado de São Paulo, foi abordada pelo sujeito, que a golpeou nos braços com uma barra de ferro. Ele também atingiu o rosto da garota com uma garrafa de vidro.
A jovem relatou que estava no quiosque conversando com suas amigas e o homem a abordou pedindo para usar o seu isqueiro, que ela emprestou prontamente.
Naquele momento, o sujeito continuou a abordagem pedindo para que ela saísse com ele. A garota recusou o pedido do homem, que começou a se alterar e proferir palavras de baixo calão e ofensivas à garota e dizendo que ela deveria fazer o que ele quer. Foi então que o sujeito pegou uma garrafa para atingir o rosto da garota. Ela conseguiu se defender dando um soco no homem, mas ficou tonta por conta do golpe e caiu no chão logo após.
As amigas da garota tentaram defendê-la, mas acabaram sendo agredidas também. Elas relataram que ele jogou lança-perfume no olho de uma delas e também deu golpes com a barra de ferro em uma outra. Após o ataque, o homem se encaminhou em direção à uma farmácia próxima da área e se escondeu dentro do banheiro do local.
Para conter o homem, a Polícia Militar foi acionada. Antes que fossem encaminhados para delegacia, os envolvidos foram levados até o Hospital Municipal de São Vicente. Tanto o homem que causou as agressões, quanto a vítima foram levados parem serem atendidos no mesmo local. O homem foi atendido e encaminhado em seguida para a delegacia.
A garota precisou tomar pontos e, ao final do atendimento, também se encaminhou para a delegacia para prestar depoimento a respeito do ocorrido.
O caso foi registrado em boletim de ocorrência feito no 1º Distrito Policial de São Vicente no domingo (31) e foi registrado como lesão corporal. A orientação para a vítima do ataque foi que ela realizasse um exame de corpo de delito para que o agressor possa responder judicialmente pelo ato feito.
Agressão motivada por preconceito
Após o acontecido, o pai da vítima recebeu um telefonema da garota e ficou sabendo que ela estava indo ao hospital, onde foi necessário que ela tomasse pontos nos machucados do rosto. O pai da garota, no entanto, alega que o motivo da agressão pode ter sido por preconceito, e espera que esse caso não fique impune. O homem demonstrou indignação com o ato e lamentou, dizendo que isso não deveria acontecer com ninguém, ja que as pessoas possuem seus direitos de ir e vir e deveriam ser respeitadas.