Na última terça-feira (23), morreu o filho da Mulher que teve a casa queimada pelo ex-marido. O crime aconteceu no bairro Universitário, localizado na região da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Desde o incêndio, que ocorreu na segunda-feira (22), o jovem em questão estava internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII.

Na ocasião do crime, além de ser queimado juntamente com a sua mãe, o garoto de 23 anos também foi baleado. A mãe, de 57 anos, e o irmão mais velho, de 26 anos, até a manhã de quarta-feira (24) ainda se encontravam hospitalizados.

O velório de Paulo aconteceu na manhã desta quarta-feira

Paulo Henrique Seabra, o rapaz em questão, foi velado na manhã de quarta-feira. O velório aconteceu no Cemitério da Paz, localizado na região noroeste de Belo Horizonte. O sepultamento de Paulo está previsto para as 16h de hoje.

Conforme informações fornecidas pela Polícia Militar, a motivação para o incêndio foi a não aceitação do fim do relacionamento. Dessa forma, o ex-companheiro da mãe de Paulo optou por matá-la. Também foi informado pelo Corpo de Bombeiros que o incêndio ocasionou queimaduras de segundo grau na mulher e queimaduras de terceiro grau nos filhos.

O suspeito é acusado de colecionar armas

De acordo com o depoimento fornecido à Polícia Militar, o suspeito em questão era colecionador de armas e praticante do tiro esportivo.

Após atear fogo na casa, vitimando os enteados e a sua ex-companheira, ele foi encontrado carbonizado, uma vez que não conseguiu abandonar o local. A arma utilizada no disparo que vitimou Paulo Henrique também foi queimada na ocasião. Na casa do suspeito foram encontradas e recolhidas uma pistola calibre 12, uma pistola 380, um rifle 22, seis armas de ar comprimido, um soco inglês, uma besta, lunetas, tubos de pólvora para recarga de cartuchos e vasta munição calibres 12 e 22.

Os vizinhos da família afirmaram ter escutado por volta de trinta disparos vindos da residência durante a madrugada. Desse modo, a madrugada também foi bastante tensa para os moradores da área.

De acordo com Maria das Dores, moradora local, era possível ouvir muitos disparos em sequência e também o barulho de vidro quebrado.

A tensão foi tanta que os moradores mais próximos do local do crime precisaram ser retirados de suas casas, uma vez que a polícia temia que o criminoso saísse do local armado e fizesse ainda mais vítimas. Por fim, o local precisou ser isolado, de modo que todos pudessem ficar em segurança até que a polícia conseguisse resolver a situação.

O tenente Renilson Guimarães relatou que para cometer o crime, o homem trancou todos os membros da família na casa e deu início ao incêndio quando não havia possibilidade que eles saíssem. Também esteve no local do crime a equipe responsável pela perícia da Polícia Civil. No momento, o caso está sendo investigado por Luciano Guimarães, delegado da Polícia Civil.