Foi presa pela Polícia Civil na última terça-feira (30) Terezinha de Jesus Guinaia, avó da menina que foi encontrada morta em Rolândia, no norte do Paraná. Ela possuía a guarda e morava junto com a menina Eduarda Shigematsu, de 11 anos. Uma foto publicada pelo site Ric Mais mostra Terezinha chorando no velório.

Segundo informações dadas pelo delegado-chefe da regional de Arapongas, Maurício de Oliveira Camargo, a avó da menina foi presa temporariamente, por 30 dias. Ela é suspeita de ter ajudado o filho, que também foi preso, no homicídio e na ocultação do cadáver da neta.

A defesa de Terezinha afirmou que esta prisão é desnecessária e além disto a inocência da mulher será comprovada ao longo do processo.

Entenda o caso

O corpo da menina Eduarda Shigematsu foi encontrado na tarde do último domingo (28). Ele estava nos fundos de uma casa que pertence ao pai dela, Ricardo Seidi. O corpo foi encontrado após a polícia receber uma denúncia anônima que apontava o local onde estaria enterrado.

Em depoimento, a avó negou qualquer tipo de envolvimento na morte da neta. O delegado do caso afirmou que a avó foi presa pois foi considerado que existia um grande risco de que ela fugisse da cidade durante o processo.

O desaparecimento da menina ocorreu na última quarta-feira (24).

No dia seguinte, a avó foi até a polícia para fazer um boletim de ocorrência a respeito do desaparecimento.

O pai da vítima foi preso no domingo (28), após confessar que teria ocultado o corpo da filha. Ele relatou à polícia que tomou a atitude de enterrar o corpo da menina após encontrar Eduarda enforcada em seu quarto. O homem afirmou que foi uma ação desesperada.

Apesar de ter confessado que enterrou a jovem em um terreno de uma casa pertencente a ele, o homem não confessou o crime. Ele disse que ao chegar em casa se deparou com a filha enforcada por uma corda. Ao ver a filha morta, o homem teria se desesperado e tomado a atitude de levar o corpo da menina ao local em que já havia uma fossa feita, colocar o corpo dentro e cobrir com cimento.

A Polícia Civil não aceitou a versão contada pelo homem, pois, de acordo com laudo feito IML (Instituto Médico Legal), a jovem teria sido esganada e não enforcada. A partir deste resultado, o delegado Bruno Rocha pediu para que fosse feita a prisão temporária de Ricardo Seidi, determinada como homicídio qualificado. A Justiça aceitou o pedido e a prisão dele irá valer por 30 dias. Também foi relatado pela polícia que Ricardi Seide ainda não possui um advogado constituído para o defender diante das acusações de homicídio que vem enfrentando.