Dez integrantes da quadrilha que atacou duas agências bancárias na cidade de Uberaba, interior de Minas Gerais, na madrugada desta quinta-feira (27), se entregaram após mais de duas horas de negociações. Eles mantinham sete pessoas como reféns nas imediações da BR-262, dentre elas uma criança de dois anos. Os reféns estavam em um caminhão que os levava para tralhar em uma fazenda da região. Todos foram libertados sem ferimentos.

Com a quadrilha foi apreendido um forte armamento, sendo vários fuzis, inclusive um .50 de uso restrito das forças armadas, além de munição e coletes.

A Polícia acredita que pelo menos 25 criminosos participaram da ação e buscas estão sendo feitas, inclusive com o uso de helicópteros, e estradas estão sendo bloqueadas.

Informações dão conta de parte do grupo que foi preso é de cidade do interior de São Paulo, como Campinas. Eles foram levados para a sede da 5ª Região Integrada de Segurança Pública.

Quadrilha tentou explodir agência bancária

A ação começou um pouco antes das quatro da manhã, quando a quadrilha fortemente armada e se utilizando de carro, caminhões e caminhonetes, tentou explodir uma agência do Banco do Brasil. Eles também cercaram as principais ruas do centro da cidade e dispararam vários tiros para o alto, assustando moradores.

Os policiais foram acionados e houve troca de tiros quando os bandidos deixavam a agência. Um homem e uma mulher foram baleados, sendo que a mulher de 21 anos foi atingida na cabeça e seu estado é considerado gravíssimo. Eles estão internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Dois vigilantes do banco também precisaram ser atendidos por terem inalado fumaça.

Um homem de 57 anos, que estava em sua casa sofreu um infarto e morreu. Os bloqueios nas vias feitos pelos criminosos impediram a agilidade do atendimento.

O prédio onde fica o gabinete dos vereadores de Uberaba, além da fachada de duas agências do Banco Itaú, também foram atingidas por tiros, assim como duas viaturas do Corpo de Bombeiros, que estava estacionada em um quartel que fica na Avenida 13 de maio.

Na fuga, um funcionário de uma concessionária que administra uma rodovia foi feito refém, mas foi liberado pouco depois. Imagens feitas por um morador mostraram um homem preso ao capô de um veículo. Outras pessoas foram feitas reféns fuga.

O ataque também provou a mudança de rotina na cidade, com as aulas da rede estadual e particular sendo suspensas e o transporte público só voltou a ser normalizado nas primeiras horas da manhã. Também houve falta de energia, uma vez que houve danos na rede elétrica. O serviço público só voltaria a funcionar após o meio dia.