Na tarde desta última quarta-feira (5), uma jovem estudante universitária foi presa em flagrante por tráfico de drogas na cidade de Botucatu, no interior do estado de São Paulo. A garota, de 20 anos, é suspeita de produzir e comercializar bolos à base de THC, princípio ativo da maconha.
Os bolos foram comercializados em festas universitárias, vendidos como "brownies mágicos”. Com isso, a estudante foi denunciada e uma investigação foi aberta em outubro de 2018. A jovem foi detida em sua residência, no Jardim Paraíso, em Botucatu (SP), por uma equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise).
Segundo o delegado Paulo Buchignani, a equipe especializada cumpriu mandado de busca na residência da universitária que estava, inclusive, começando o preparo de mais uma demanda dos seus bolos. No momento da busca, autorizada judicialmente, os policiais identificaram produtos como: óleo e manteiga de THC, além de 10 gramas de maconha.
Brownie Mágico
A universitária do curso de biomedicina contou para a Polícia que preparava os "brownies mágicos" a pedido dos colegas. Ela ainda revelou para os policiais que fazia uma espécie de pesquisa de satisfação com os consumidores, questionando os clientes por meio das redes sociais.
De acordo com a Polícia Civil, existe uma suspeita que a estudante adquiriu os conhecimentos necessários para extrair o princípio ativo da maconha no decorrer do curso em biomedicina.
Com isso, a jovem conseguiu produzir bolos com o óleo e a manteiga contendo THC.
O delegado Paulo Buchignani disse que a jovem confessou que fazia os "bolos de maconha" porque gostava de realizar os processos de produção que ativam a liberação do Tetraidrocanabinol (THC).
Os "brownies mágicos" eram vendidos a R$ 5,00, segundo a jovem.
Ela ressaltou que não vendia pelo dinheiro, só queria reconhecimento dos outros estudantes universitários. Para completar o depoimento, disse que usava o dinheiro do comércio ilegal de produtos à base de maconha para comprar somente os ingredientes, incluindo a erva, do preparo de suas receitas.
Prisão preventiva
Outros jovens estão sendo investigados pela polícia por suspeita de participação na produção e comercialização de bolos à base de maconha.
A estudante de biomedicina foi autuada em flagrante pelo crime de tráfico de drogas, que prevê pena de 5 a 15 anos de prisão.
Após a autuação ela foi encaminhada à Cadeia Pública de Porangaba. No entanto, durante a audiência de custódia promovida nesta quinta-feira (6), no Fórum da cidade, a Justiça de Botucatu decretou que sua prisão em flagrante fosse convertida em prisão preventiva.