Wilson Witzel, o governador do Rio de Janeiro, apareceu no local do sequestro após a resolução do crime. Na ocasião, o governador ressaltou que pretende pedir a promoção dos PMs envolvidos na morte do sequestrador, um homem identificado como Wilian Augusto da Silva. O crime aconteceu durante a manhã dessa terça-feira (20), e o cerco das autoridades ao ônibus chegou a durar 3 horas.

De acordo com Witzel, o motivo para a promoção dos policiais militares está ligado à bravura com a qual a ação foi conduzida. De acordo com ele, a atuação dos policias no caso demonstra o preparo da PM no que tange à preservação de vidas.

A respeito do atirador, Wilson Witzel comentou que caso ele não tivesse sido neutralizado pelo Bope, muitas vidas poderiam ter sido perdidas durante o sequestro. Assim, para o governador, caso se apresente à Polícia uma oportunidade de “abater quem está de fuzil”, diversas outras vidas também poderão ser mantidas.

Ainda sobre o sequestrador, Witzel afirmou que já entrou em contato com a sua família. Nesse sentido, ele afirmou que o criminoso possui transtornos mentais e as autoridades vão procurar se aprofundar um pouco mais no histórico de saúde mental do sequestrador.

O governador do Rio de Janeiro também pediu desculpas à sociedade pelo transtorno causado pelo sequestro e destacou que um membro da família do criminoso também pediu desculpas aos reféns.

Witzel destacou que a mãe do sequestrador está muito abalada e que o governo do estado pretende cuidar da família para buscar maior entendimento sobre o caso. Além disso, Witzel também comentou que as famílias das pessoas tomadas como reféns também estão sendo cuidadas.

Witzel defende a PM

Durante a sua fala, Wilson Witzel também aproveitou para apresentar uma defesa aos atos da PM.

Nesse sentido, o governador apontou que o crime organizado mata muitas pessoas inocentes todos os dias e que, por vezes, tentam atribuir essas mortes a ação policial. Porém, a conduta dos PMs durante o sequestro revelou que a polícia está preparada para preservar vidas e que ela vai continuar atuando com rigor.

Ainda em defesa dos policias, o governador carioca destacou que, por vezes, a sociedade, bem como os partidos políticos que fazem oposição ao seu governo, afirmam que a polícia está matando a população que vive nas favelas.

Entretanto, segundo Witzel, os policiais identificam e matam somente pessoas que possuem laços com o crime. Além disso, os erros cometidos no processo são observados cuidadosamente como forma de garantir que não voltem a se repetir.

Somente no mês de agosto, o Rio de Janeiro presenciou diversas mortes ocasionadas durante ações da polícia. A título de ilustração, é possível destacar o dia 13 de agosto. A jovem Margareth Teixeira, de apenas 17 anos, estava indo para a igreja acompanhada de seu filho, de 1 ano e dez meses, quando os dois foram atingidos durante uma operação da PM, que acontecia na favela Quarenta e Oito, em Bangu.