Airton Bazza, pai da universitária Mariana Forti Bazza, assassinada após ter aceitado ajuda para trocar um pneu, acabou passando mal ao não suportar ver a filha morta ali na sua frente. No momento do enterro, ao lado do caixão da filha, ele chorava muito e teve que ser socorrido por uma ambulância.
Mariana foi enterrada no final da tarde desta quinta-feira (26), no Cemitério Municipal de Bariri, interior de São Paulo. Várias pessoas participaram da cerimônia, entre familiares, amigos e moradores da cidade, que ficaram surpresos com a barbaridade do assassinato.
Airton também havia passado mal junto com a sua esposa e mãe de Mariana, Marlene Aparecida Forti Bazza, durante o velório da filha. Conforme as informações do portal UOL, eles foram medicados por várias vezes em decorrência da carga emocional vivida com a morte da filha.
Entre abraços e carinhos de vários amigos e familiares, os pais da jovem se debruçavam no caixão e diziam para a filha que a amavam muito. "O pai tá aqui, você não está sozinha", dizia Airton, aos prantos.
Homenagens
Pouco antes do sepultamento, o namorado de Mariana, Jeferson Viana, ficou por alguns minutos ao lado do caixão, ressaltando o amor que sentia por ela e o quanto era especial para ele. De acordo com ele, Mariana era muito mais do que uma namorada.
Ela era amiga, parceira, e ele só tem a agradecer a Deus por todos os momentos que passou ao lado dela. "Te amo eternamente", disse ele. Em seguida, pediu uma grande salva de palmas para a jovem.
Após a homenagem do namorado, foi a vez do pai se aproximar do caixão da filha. Ele lamentou o que havia ocorrido e, amparado pelo irmão, perguntou até onde iria essa violência que só destrói famílias.
Ele lembrou dos últimos momentos em que esteve com a filha. No domingo, segundo Airton, ele viu ela estudar o dia inteiro, pois ela tinha um sonho na vida e estava trabalhando para conquistá-lo. "Na segunda, a universitária fez uma prova e tirou 10. No outro dia, esse monstro acabou com a minha vida, com a minha família", relata Airton com indignação.
A mãe da jovem colocou uma rosa sobre o caixão da filha, deu um beijo na tampa e falou para ela ir com Deus e com o amor dela no coração. Jefferson também colocou uma flor sobre o caixão. No local, estavam cerca de 800 pessoas dando apoio e forças à família.
Uma das amigas de infância de Mariana, Lorena Lorrye, 24 anos, mostrou-se ainda surpresa com tudo o que aconteceu. Ela comentou à reportagem do UOL que tinha a impressão de que Mariana ainda apareceria sorridente ao lado dela, ainda mais vendo o caixão fechado. Parecia que ela não estava ali. Segundo Lorena, foi ela quem apresentou Jeferson para Mariana e formaram esse casal bonito.