Nesta última sexta-feira (27), a Justiça de São Paulo acatou a denúncia feita pelo Ministério Público (MP) que acusa Najila Trindade e seu ex-marido, Estivens Alves, de terem cometido fraude processual em relação ao caso em que a modelo acusava o jogador Neymar Júnior de ter cometido abuso contra ela durante um encontro entre os dois em Paris, na França, no dia 15 de maio deste ano.
Também na acusação consta que Estivens foi responsável por ter divulgado conteúdo erótico de Najila em troca de publicações feitas na internet.
Na última semana, a Justiça havia recusado uma denúncia feita pelo Ministério Público contra Najila por denunciação caluniosa e extorsão. O Ministério Público ainda pode recorrer da decisão.
Agora, Najila e Estivens se tornaram réus em fraude processual pelo fato de que a Justiça entendeu que ambos estavam dificultando a investigação feita pela Polícia Civil. Ainda é apontado que os dois teriam atrapalhado as apurações do suposto abuso e também do arrombamento que a modelo alegava que aconteceu em seu apartamento, onde estava um tablet onde Najila havia dito que continham imagens a respeito do caso entre ela e o jogador Neymar.
No último domingo (29), após a decisão da Justiça a respeito do caso, a defesa da modelo afirmou que irá recorrer da decisão. Os advogados do ex-marido de Najila não declararam nada a respeito da decisão até o momento.
Fraude processual
O advogado que defendeu Najila durante o caso, Cosme Araújo, declarou que pretende recorrer à Justiça contra a decisão tomada. Ele afirma que irá recorrer sobre sua cliente ter se tornado réu em fraude processual e que irá entrar com um habeas corpus para poder trancar esta ação a respeito da modelo ter cometido fraude durante o processo que investigava o suposto abuso cometido pelo jogador Neymar.
A juíza Fabíola Oliveira Silva, da 31ª Vara Criminal, declarou que os acusados agora terão dez dias para apresentarem suas defesas a respeito do caso, juntar os documentos necessários e provas e indicar até oito testemunhas para o caso.
Mesmo com a acusação de fraude processual, foi comemorado pela defesa da modelo que a Justiça negou a acusação feita pelo Ministério Público a respeito de denunciação caluniosa e extorsão. O advogado de Najila declarou que a respeito desta decisão a impressão é de que o Judiciário agora tem olhado para este caso com outros olhos, diferentemente da forma que foi tratado o inquérito policial pelo qual a modelo passou recentemente. Ao negar a denúncia a respeito de extorsão e denunciação caluniosa, a juíza Andrea Coppola, da 30ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça declarou que não tinham as provas necessárias para acusar a modelo de ter cometido este crime.