Durante um assalto, o padre Kazimerz Wojn, de 71 anos, acabou sendo assassinado neste último sábado (21). O local onde aconteceu o crime foi a igreja Nossa Senhora da Saúde, onde o padre, de origem polonesa, pregava. O caso aconteceu na 702 Norte, em Brasília, e, segundo informações passadas pela Polícia Militar do Distrito Federal, vários objetos foram roubados da paróquia.

O corpo do padre foi encontrado do lado de fora da casa paroquial, localizada no fundo da Igreja. De acordo com informações da polícia, a suspeita inicial é de que Kazimerz tenha sido estrangulado dentro da residência e depois arrastado para o lado de fora já sem vida.

No entanto, apenas o exame pericial poderá confirmar se essa hipótese é ou não verdadeira.

Antes de ser brutalmente assassinado, Wojn havia realizado uma missa, que teve início às 18h30 de sábado (21). Após a missa, segundo testemunhas, o padre se dirigiu aos fundos da igreja, para assim fiscalizar uma obra que está em andamento no local. Ao ser encontrado, Wojn estava com as mãos e os pés amarados. Além disso, possuía um arame enrolado no pescoço.

Segundo informações, até o momento não se sabe o nome de nenhum suspeito do crime. Agora, o caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal.

Caseiro também foi refém

O padre morto não foi a única vítima dos criminosos. Isso porque José Gonzaga da Costa, de 39 anos, caseiro responsável pela reforma da igreja, mesmo com escoriações em seus braços, conseguiu fugir do local.

Depois de fugir, o caseiro foi logo pedir socorro, avisando assim a corporação policial. Após pedir socorro, o caseiro foi orientado e encaminhado para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), onde segue estável.

Padre já havia falado de insegurança

Kazimerz Wojn, mais conhecido pela comunidade como padre Casemiro, já havia falado com as autoridades policiais do Distrito Federal sobre a insegurança que vinha sentindo na região.

Além disso, em abril, em pleno domingo de Páscoa, bandidos invadiram a mesma casa paroquial e roubaram o sacrário, que ficava sempre no altar e tinha um valor estimado em R$ 20 mil.

Após o roubo do sacrário, Wojn concedeu uma entrevista ao site Metrópoles, onde demonstrou preocupação com o interior do sacrário. “Tem o sentido de profanação”, disse ele na época.

Mas isso não é tudo, já que no ano passado o local já havia sido roubado. Isso mesmo, no fim do ano passado, ladrões adentraram o local e roubaram as caixas de som. Após esse episódio, na intenção de evitar novos assaltos, Wojn comprou novas caixas e som e pediu para que fossem instaladas em um lugar mais alto.