O crime cometido contra a menina Raíssa Eloá Capareli Dadona, de 9 anos, no último domingo (29), chocou o Brasil. A menina foi encontrada amarrada em uma árvore no Parque Anhanguera, na zona norte deSão Paulo, aproximadamente duas horas após ter sumido de uma festa em uma escola próxima ao parque.
Um adolescente de 12 anos, que era amigo e vizinho da menina, teria confessado o crime. Imagens mostram ele caminhando de mãos dadas com a menina em direção ao local do crime. O mesmo adolescente foi quem procurou funcionários do parque dizendo que havia visto uma menina amarrada a uma árvore.
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo revelou detalhes do local do crime. Segundo a publicação, a trilha que leva ao ponto em que o corpo da menina foi encontrado apresentava marcas de sangue em folhas de eucalipto. O jornal afirma que era possível ver as marcas a uma distância de 30 metros da árvore onde Raíssa estava amarrada e também perto de onde o par de chinelos da menina foi encontrado.
O rastro de sangue dá indícios de que a menina foi espancada antes de ser amarrada à árvore. O adolescente teria dito à Polícia que brincou com a menina e depois a agrediu com o galho de uma árvore até tirar a sua vida. O corpo da menina foi localizado com o rosto desfigurado e com marcas de agressão nos braços e ombros.
Ainda segundo a Folha, imagens tiradas no dia do crime revelam o suspeito do crime ao lado da vítima chupando um pirulito, cujo palito teria sido jogado próximo da árvore onde a menina estava.
Vigilantes contam como encontraram a menina
O adolescente teria procurado os vigilantes do parque às 13h19, contando que ao passar por uma trilha havia visto um corpo pendurado em uma árvore, machucado e cheio de sangue, e ainda afirmou que podia levá-los até o local.
De acordo com a mulher que atendeu o adolescente, ele estava calmo, falava tranquilamente e estava chupando um pirulito. Eles chegaram a acreditar que fosse mentira, devido à tranquilidade do menino, que não estava ofegante nem assustado, mas agindo normal e friamente.
Dois outros vigilantes foram chamados para ouvir a conversa e acompanharam o menino até o local onde ele disse ter visto o corpo.
Durante o percurso até a cena do crime, que levava de 10 a 15 minutos de caminhada, o adolescente disse aos vigilantes que não conhecia a menina.
Segundo um dos funcionários do parque, o adolescente não lhe parecia um menino do mal, mas sim alguém sofrido. Entre o momento mostrado nas imagens da câmera de segurança dos dois se dirigindo ao parque até o momento em que o menino procurou os vigilantes havia transcorrido um período de 40 minutos.