O adolescente de 12 anos acusado de matar e abusar da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de apenas 9 anos, foi condenado pela 1ª Vara Especial da Infância e da Juventude de São Paulo. O garoto cumprirá medidas socioeducativas e ficará internado pelo período máximo de 3 anos. O crime ocorreu no último dia 29 de setembro, no Parque Anhanguera, na zona norte da capital paulista.

A Justiça avaliou como procedente a representação feita pelo Ministério Público, onde o adolescente foi acusado por homicídio qualificado, por ter asfixiado a menina, utilizando recursos que dificultaram a sua defesa, além de feminicídio e ocultação de cadáver.

A decisão foi proferida na última quarta-feita (6).

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), determina que menores sejam internados pelo período máximo de três anos, e a internação deve ser reavaliada a cada três meses.

Relembre o caso

A menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona foi encontrada morta na tarde do último dia 29 de setembro, no Parque Anhanguera, em São Paulo. Raíssa estava em uma festa no Centro Educacional Unificado (CEU), na companhia da mãe, quando desapareceu. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia mostram a menina andando de mãos dadas com um adolescente de 12 anos momentos antes de ser encontrada sem vida. O menino passou a ser considerado suspeito pelo crime, e ao ser apreendido confessou a autoria do assassinato à polícia chegando a contar três versões distintas.

De acordo com o portal G1, o delegado Luiz Eduardo Maturano, da 5ª delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o adolescente teria se inspirado em filmes de violência e horror para cometer o bárbaro assassinato. Os nomes dos filmes não foram revelados, mas segundo o delegado, constam no inquérito policial.

Ainda de acordo com Maturano, foram obtidas informações do Conselho Tutelar e da escola onde o menor estudava, onde consta que o acusado apresentava comportamento "inadequado, obsceno e agressivo", sobretudo com meninas, porém, já teria agredido um menino portador de necessidades especiais que estudava em sua turma.

Acusado era próximo à vítima

Segundo o G1, o acusado era próxima à menina Raíssa. De acordo com a mãe da vítima, Rosevânia Caparelli Rodrigues, ambos moravam no mesmo bairro, no Morro Doce, zona norte de São Paulo. A mãe de Raíssa relatou que a filha confiava muito no vizinho e que o acusado dizia para todos que a menina era portadora de autismo. Amigos dos familiares afirmaram que Raíssa estava apegada ao adolescente e que a família já havia levado o menino a um culto evangélico, numa igreja localizada no bairro Jardim Britânia.