Após uma audiência de custódia realizada pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) ficou resolvido que o jovem Igor Campos Almeida, de 18 anos, suspeito de matar por espancamento seu enteado Junior Ribeiro Ferreira, de apenas 2 anos, seguirá preso na cidade de Juína. O jovem foi denunciado por homicídio qualificado, e na visão do promotor do caso, Danilo Preti Vieira, o menino teria sido morto de uma forma cruel após ter sido chutado na cabeça.

Conforme a denúncia do promotor, o rapaz se aproveitou das relações domésticas para agredir e matar a criança, e que em uma oportunidade desferiu um chute na cabeça da vítima, causando um traumatismo craniano que culminou na morte dela.

O crime que ocorreu no dia 17 de novembro no município de Juína, em Mato Grosso, chocou a população da região. Na ocasião, após o espancamento do menino, a mãe da criança o teria levado já em estado grave para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde permaneceu internado por três dias na UTI com traumatismo craniano, e depois foi transferido para a UTI pediátrica do Pronto Socorro Municipal da capital Cuiabá, mas acabou vindo a falecer no último domingo (1°) devido às complicações médicas. Depois da constatação da morte, o corpo da criança foi liberado por agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para que fosse sepultado pela família.

Resultado de exames confirmaram agressões

Inicialmente, o padrasto e a mãe da vítima relataram à Polícia que as marcas no corpo da criança seriam hematomas causados por uma queda ocorrida acidentalmente enquanto ele corria na rua, mas após o corpo ter sido analisado por peritos do Instituto Médico Legal (IML) e passado por um exame de corpo de delito, os resultados apontaram que o menino teria sofrido agressões físicas.

O padrasto foi preso pela Polícia Civil, em casa, no bairro Módulo Cinco, em Juína, no dia 22 de novembro, por suspeitas de ter praticado o crime, e em seu depoimento na delegacia ele acabou confessando dizendo que agrediu a criança sem motivo algum. Igor foi autuado por lesão corporal grave e passou a ficar detido provisoriamente até a audiência de custódia realizada pelo Ministério Público.

Homicídio de forma cruel

Igor Campos, que ainda continua detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Juína, foi denunciado por homicídio qualificado por emprego de meio cruel com agravantes por conta de a vítima ser menor de 14 anos e por ter se aproveitado do convívio das relações domésticas para cometer o crime.

De acordo com o portal G1, o advogado responsável pela defesa de Igor não foi encontrado para explicar sobre a situação.