Até as 8h desta quinta-feira (5), conforme informação da Polícia Civil do Paraná, nove pessoas foram presas suspeitas de aplicar golpes envolvendo bitcoins (criptomoedas) que movimentaram mais de R$ 150 milhões.

As prisões foram efetuadas em Curitiba, Pinhais e Piraquara. Inicialmente, as prisões são temporárias, com duração de cinco dias. Foram bloqueados das contas dos suspeitos pela Justiça de Curitiba aproximadamente R$ 80 milhões.

Ação da quadrilha

Segundo a polícia, o golpe era aplicado pelos suspeitos através de simulações no mercado financeiro.

Quando havia o fechamento da proposta, todo o dinheiro aplicado pelas vítimas ficava com a quadrilha e nenhuma moeda virtual era devolvida. Em um dos áudios uma integrante da quadrilha afirma para a vítima que independente das circunstâncias o dinheiro iria retornar para a mesma. Contudo, não era o que acontecia.

O grupo prometia rendimentos entre 3% a 4% ao dia aqueles que investissem em bitcoin (criptomoedas).

Denúncia

Segundo o delegado Emmanoel David da Delegacia de Estelionato, o grupo foi descoberto graças a denúncia de familiares dos integrantes da quadrilha, que também foram vítimas do golpe. No total foram cerca de cinco mil vítimas e quatro mil processos. O grande prejuízo causado pela empresa às suas vítimas foi a causa da morte de outra vítima (agente carcerário), no Maranhão, que tirou a própria vida por conta do prejuízo financeiro que sofreu.

Ação da polícia

Para conseguir identificar a localização dos integrantes os policiais usaram rastreadores nos carros de alguns componentes da quadrilha. Após a denúncia a investigação partiu da alta movimentação financeira do grupo, da fuga e da destruição de provas. Um dos integrantes é agente penitenciário e foi preso em seu local de trabalho, no 11º Distrito Policial de Curitiba.

Segundo investigações para realizar a lavagem do dinheiro o grupo investia em uma concessionária de carros multimarcas que fica na região de Pinhais, e, onde a polícia encontrou e levou para a delegacia dezenas de carros apreendidos. Em uma das casas, onde a polícia cumpria o mandado de busca e apreensão, foram encontrados documentos, celulares, computadores e contratos de clientes da empresa investigada na capital paranaense e outra em são Paulo.

Os presos são suspeitos pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato, falsificação de documento particular e associação. As investigações continuam e duas pessoas ainda se encontram foragidas da polícia.