Nesta última quarta-feira (4), um grupo de moradores de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, se reuniu para protestar durante a tarde. Os moradores da comunidade pediam por justiça para as nove pessoas que acabaram sendo mortas pisoteadas durante o baile da 17, que acontecia na comunidade no dia da ação dos Policiais Militares. O baile aconteceu no último domingo (1), quando aconteceu a ação da PM no local.

O ato se iniciou na Rua Ernest Renan, que fica na comunidade, e caminharam até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado, e fica localizada também na Zona Sul da cidade.

Uma comissão foi recebida pelo governador do estado, João Dória (PSDB). O grupo que protestava pela ação que aconteceu na comunidade a todo momento pedia justiça pelos jovens que foram mortos no local.

A caminhada dos manifestantes seguia em direção à região da Avenida Giovani Gronchi, no sentido do Palácio dos Bandeirantes. A manifestação aconteceu de forma pacífica.

Representantes são recebidos

Um representante da Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes aceitou receber uma comissão formada por sete moradores de Paraisópolis, que integravam a manifestação. Entre os moradores que fizeram parte da comissão estava a mãe de Gustavo, e o irmão de Denys, ambos mortos durante a ação PMs na comunidade.

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Também esteve presente na reunião Gilson Rodrigues, que faz parte da União dos Moradores de Paraisópolis. Ele contou com o apoio de um morador da comunidade no momento. Além disso, também esteve participando da reunião um representante da OAB-SP, além de Dimitri Sales, que faz parte da Condepe.

O governador do estado aproveitou o momento para poder ouvir os familiares das pessoas que foram vítimas da ação.

Ele deixou claro que agora tem a total intenção de manter a transparência quanto a investigação que está acontecendo.

Dória prometeu que a investigação irá ocorrer com o máximo rigor para se descobrir o que aconteceu durante toda a ação. O grupo ainda aproveitou o momento para poder definir um novo encontro, que vai acontecer novamente no Palácio dos Bandeirantes, na próxima segunda-feira (9), que vai contar de novo com a presença do governador do estado e também familiares das nove vítimas da ação.

No mesmo momento ocorria uma outra manifestação da ação dos PMs, na Rua Líbero Badaró, em frente ao prédio da Secretaria de Segurança Pública. A mãe de uma adolescente de 17 anos, que foi ferida durante a ação da Polícia, alegou que a situação toda foi uma emboscada armada pelos policiais que estavam no local. A PM, por outro lado, alega que a situação toda foi desencadeada por criminosos que estavam na região e teriam disparado contra eles.