Na noite de quarta-feira (4), a sessão que se iniciou a votação da Reforma da Previdência na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) foi suspensa logo na sua abertura, após discussão entre deputados.

A discussão começou quando o deputado Arthur do Val (sem partido) começou a chamar os sindicalistas de “vagabundos”. O presidente da Assembleias estaduais, Cauê Macris (PSDB), interrompeu a fala do deputado pedindo para o deputado moderasse as palavras várias vezes. Contudo, depois que aconteceu o tumulto, o presidente da Alesp suspendeu a sessão.

Segundo o deputado do Val, ele ouviu um discurso muito bonito do deputado Enio Tatto (PT) fazendo várias críticas ao PSDB. Entretanto, ele queria também saber deles, apoiadores do PT, onde o partido estava quando o mesmo tinha votado no mesmo PSDB para a Presidência da Alesp.

O deputado então os chama de “bando de vagabundos”.

Confusão generalizada formada

Ao perceber que daria confusão, o presidente da Alesp pediu ajuda para a Polícia Militar e terminou a sessão. Em entrevista para o site da UOL via telefone, Arthur disse que o deputado Enio Tatto (PT) começou toda a confusão, ofendendo o próprio Arthur e a sua colega, a deputada Janaína Paschoal (PSL-SP).

Val explicou que existe dentro da Alesp um projeto para ampliar a verba de publicidade, e que custará R$ 40 milhões para o contribuinte.

A deputada Janaína foi até a tribuna para expressar sua Opinião sobre o projeto.

O deputado do PT, Tatto, não teria gostado do discurso da deputada, e começou a ofendê-la, falando que ela teria sentado no colo do governador João Dória (PSDB-SP). Quando ele rebateu. E os mesmos que xingaram a deputada do PSL começaram a xingá-lo, no caso o próprio Arthur.

O deputado ainda completou e disse que lamenta muito por tudo que houve, mas não vai aceitar ser xingado e nem ser chamado de “nazista” ou “fascista”.

Proposta do governador João Dória

O projeto que causou toda essa polêmica é do governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), que visa modificar as regras da Previdência dos servidores públicos do estado.

Já na primeira reunião para discutir o projeto houve várias dúvidas e também várias outras propostas de mudanças.

José Roberto de Moraes, que é presidente da São Paulo Previdência, disse que os gastos são de R$ 34 bilhões a cada ano e, sem reformar, há a previsão de chegar a R$ 50 bilhões em 2050.

José Roberto diz que há um déficit de R$ 24 bilhões e mais R$ 4 bilhões de contribuições patronal, assim, se tira do tesouro estadual R$ 28 bilhões de reais para cobrir o que falta no pagamento. No final das contas, são R$ 34 bilhões para o pagamento, que, segundo Moraes, poderia ser usado para outras inúmeras coisas.