Na tarde da última quinta-feira (5), uma Mulher foi detida na região Centro-Sul de Belo Horizonte por suspeita de injúria racial.
O crime foi cometido contra um taxista, e ocorreu no bairro Santo Agostino, nas proximidades do prédio da Justiça Federal, localizado na Avenida Álvares Cabral.
Segundo informações fornecidas pela Polícia Militar, o taxista Luiz Carlos Alves Fernandes, de 51 anos de idade, questionou se a autora do crime precisava de um táxi, visto que ela estava acompanhada de seu pai, um idoso. Na ocasião, a suspeita afirmou que estava sim procurando por um transporte desse tipo, mas que “não andava com preto”.
De acordo com o boletim de ocorrência, o taxista alegou que a mulher não poderia falar daquela forma, visto que racismo configura um crime. Entretanto, ela insistiu em seu posicionamento preconceituoso e afirmou que “não gostava de negros” e era sim racista. Posteriormente, ela cuspiu no pé de Luiz Carlos.
A partir disso, o taxista optou por acionar as autoridades. Então, a mulher foi detida e encaminhada para uma delegacia. Uma vez no local, ela ainda cometeu o crime de desacato a autoridade e chegou a chamar uma policial de “sapata”. Nesse momento, ela foi algemada.
Segundo informações fornecidas pelo site G1, Luiz Carlos pontuou que é importante denunciar casos de racismo, visto que caso as pessoas continuem aceitando esse tipo de conduta, os racistas vão persistir e seguir cometendo crimes como esse.
A criminosa foi encaminhada para uma delegacia. Segundo o G1, o advogado da autora do crime destacou que ele somente comentará a respeito do ocorrido quando o processo já se encontrar em curso.
De acordo com informações da Polícia Civil, a mulher foi autuada em flagrante e responderá pelos crimes de desacato a autoridade, resistência a prisão, desobediência e injúria racial.
Crimes similares de injúria
Infelizmente, casos como o de Luiz Carlos são bastante frequentes no Brasil. Somente entre os meses de janeiro e setembro de 2019 foram registrados 300 ocorrências referentes à injúria racial somente no estado de Minas Gerais.
Entre esses casos, alguns ganharam notoriedade ao longo do mês de outubro.
Nesse sentido, destaca-se a ocasião em que dois torcedores do Atlético-MG foram indiciados por injúria racial, cometida contra um segurança do Mineirão.
Em outra ocasião, uma agência responsável pelo oferecimento de serviços de cuidadores estava contratando funcionários. Contudo, as vagas não poderiam ser ocupadas por pessoas gordas ou negras.
Também na Região Metropolitana da capital mineira, outro taxista denunciou um caso similar ao de Luiz Carlos e o autor do crime acabou sendo preso.