Foram presos pela polícia os dois suspeitos do duplo homicídio ocorrido na madrugada de segunda-feira (6), em Porto Grande, cidade que fica a 102 quilômetros de Macapá, no Amapá. Os detidos são o genro e a filha das vítimas. Segundo a Polícia, eles confessaram o crime.
Marcos Leão Borges, de 43 anos, e Marilene Conceição de Souza, de 42 anos, foram assassinados dentro de casa. O crime começou a ser desvendado no mesmo dia quando Fabíola Borges, de 19 anos, filha das vítimas, foi presa durante a tarde.
De acordo com Bruno Braz, delegado que investiga o caso, a jovem confessou participação no duplo homicídio e disse que o motivo seria que os pais não aceitavam seu relacionamento com Bruno Fonseca, de 30 anos, que acabou preso horas depois em uma pousada.
Ele também confessou o crime e disse que o cometeu por influência da companheira.
Segundo o delegado, a mãe interferia no relacionamento porque o companheiro batia nela, mas mesmo assim a jovem queria seguir com a relação. "A mãe era um obstáculo para os dois poderem ficar juntos", disse a autoridade.
Braz disse ainda que partiu de Fabíola a iniciativa de matar os pais e foi ela quem planejou o crime e foi ela quem abriu a porta da casa para que o companheiro pudesse entrar na casa e cometer o assassinato com arma branca, dentre elas um arpão usado para pesca.
As vítimas ainda chegaram a ser socorridas pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos e morreram em seguida.
Um dos irmãos de Fabíola, que também estava na casa, disse aos policiais que viu Bruno fugindo pela janela.
Havia outros filhos das vítimas da casa no momento do crime e como eles não possuem parentes na cidade, o Conselho Tutelar foi acionado para dar amparo para eles.
O casal residia em Macapá, mas havia migrado para Porto Grande justamente para se afastar do genro. A natureza das ameaças não foi revelada.
Depoimentos dos suspeitos
Em seu depoimento, o suspeito disse que o crime estava sendo planejado pro Fabíola desde 2018, porém ela sempre desistia da ideia. Segundo ele, o motivo dela querer cometer o crime seriam os abusos que sofria de seu pai.
Sobre a execução do duplo assassinato, Bruno relatou que por volta da meia-noite a jovem abriu a porta de casa para ele entrar.
Ele ficou esperando até por volta das duas da manhã, quando o sogro se levantou para ir ao banheiro. Ele então teria o segurado enquanto que Fabíola o acertou com um arpão.
Já Fabíola disse que apenas abriu a porta para o companheiro entrar e que havia voltado atrás na ideia de cometer o crime, mas que o companheiro levou o crime adiante, pois havia sido denunciado pela sogra pelo não pagamento de pensão alimentícia.
Os suspeitos seguem presos em Porto Grande.