A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (31) ter identificado dois suspeitos envolvidos na morte de três pessoas da mesma família, cujos corpos foram encontrados carbonizados na última terça-feira (27), dentro do porta-malas de um carro incendiado em uma estrada rural, em São Bernardo do Campo. Os nomes deles não foram revelados.
Agora, a polícia ainda busca a arma usada para matar as três vítimas, que de acordo com exames feitos no IML, foram assassinadas com golpes na cabeça.
A filha do casal morto, Ana Flavia Gonçalves, de 24 anos, e sua companheira, Carina Ramos, de 26 anos, estão presas temporariamente. A polícia disse que elas entraram em contradição em seus depoimentos. Elas negam envolvimento no crime.
As duas estiveram nesta sexta-feira na delegacia, mas não quiseram falar. Ana Flávia teve um encontro com sua avó, que havia chegado mais cedo ao local.
Ficaram seis horas na casa
Imagens das câmeras de segurança do condomínio, divulgadas pela polícia nesta quinta-feira (30), revelaram que Ana Flávia e Carina permaneceram por mais de seis horas na casa da família assassinada.
O carro que pertence a Ana Flávia chega ao local no início da noite. Ele entra e sai do imóvel algumas vezes e por volta das 20 horas Carina chega a pé e vestindo um moletom com capuz. O fato chamou a atenção, uma vez que fazia calor naquela noite.
Flaviana chega com seu Jeep às 22h36 e a polícia disse que naquela altura ela já estava em poder dos criminosos. Já na madrugada de terça, à 1h14, o carro de Ana Flávia deixa o local e pouco depois é a vez do Jeep também deixar a casa. O porteiro disse que era a empresária quem estava ao volante.
Uma testemunha, que está sob proteção policial, disse que viu um homem em frente a casa na companhia das duas mulheres suspeitas. Essa testemunha relatou que viu o Jeep sendo estacionado com o porta-malas virado para a direção da casa e que o homem citado ajudou as duas a colocarem embrulhos pesados dentro do veículo.
A polícia acredita que esses embrulhos sejam os corpos de pai e filho e que um segundo homem, que está sendo procurado, possa ter participado da ação. A casa estava toda revirada e foram levados objetos, joias e oito mil reais em moeda nacional e dólares.
No depoimento, as suspeitas disseram que um agiota, para quem a família devia 200 mil reais, foi quem cometeu o triplo assassinato. Elas disseram ainda que a mãe havia recebido um telefonema que deixou todos exaltados e que precisou sair rapidamente. Com o clima pesado, elas também decidiram deixar a casa.
Nesta quinta-feira (30), foi realizado no Cemitério Municipal Carminha, em São Bernardo o sepultamento dos corpos do casal Romuyuki Gonçalves e Flaviana Gonçalves, além do filho Juan Victor, de 15 anos.