Depois da demissão do dramaturgo e diretor de teatro Roberto Alvim, por conta de um vídeo citando o chefe de propaganda de Hitler, Joseph Goebbels, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convidou a atriz Regina Duarte para o cargo da Secretaria Especial da Cultura.

A vaga surgiu após um vídeo de Alvim que cita, claramente, uma fala do ministro e ideólogo nazista, que gerou grande polêmica. A polêmica continua com o convite de Regina Duarte, que ora declina para o elogio, ora declina para a crítica mais dura. Isso não abalou nem a atriz, e nem Bolsonaro.

Segundo informações da colunista do G1, Cristiana Lôbo, a atriz Regina Duarte aceitou o convite no encontro que teve com Bolsonaro nesta segunda-feira (20), no Rio de Janeiro. A confirmação veio de membros da classe artística, da qual Regina participa.

O Palácio do Planalto, logo depois de fazerem uma reunião, confirmam que Regina Duarte vai até Brasília na próxima quarta-feira (22) para se familiarizar e conhecer toda a estrutura que compõem a secretaria. O Planalto, porém, não cravou se ela aceitou ou não. O comunicado só diz, que depois de uma conversa “produtiva” entre Bolsonaro e Regina, ela estará em Brasília na quarta-feira dia 22, para conhecer a estrutura da Secretaria. Ainda, o comunicado diz que Regina afirma que estão noivando depois do encontro.

Pela manhã dessa segunda-feira (20), Regina Duarte fez uma publicação em uma das suas redes sociais que iria ter um encontro “olho a olho” com Bolsonaro.

De Secretaria a Ministério

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estuda voltar a Secretaria Especial de Cultura para status de Ministério da Cultura, caso a atriz Regina Duarte aceitasse o seu convite para assumir o cargo.

Regina foi convidada pelo próprio Bolsonaro logo depois de demitir o dramaturgo Roberto Alvim na ultima sexta-feira (17).

Segundo o jornal O Globo, além do cargo de ministro ter uma importância maior, como cargo de primeiro escalão do Governo, o salário de um ministro é muito superior ao de um secretário. Alvim ganhava em média R$ 15.359,19, enquanto um ministro ganha quase o dobro, chagando a R$ 30.934,70.

Quando o governo Bolsonaro começou, transformou o Ministério da Cultura em uma secretaria. Nessa época, a secretaria era uma subordinada ao Ministério da Cidadania. No mês do novembro, foi feito um decreto que determinou uma transferência da Secretaria Especial de Cultura para outro Ministério, o do Turismo. Essa transferência, no entanto, não foi concluída.