Foi preso nesta sexta-feira (28) o homem suspeito de matar e cometer violência sexual contra a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges. Ela tinha 25 anos e seu corpo foi encontrado em uma trilha, perto de uma cachoeira, na área rural de Mandaguari, no norte estado do Paraná. O homem nega a autoria do crime, mas a Polícia diz que as provas apontam como ele sendo o responsável pelo feminicídio.

De acordo com informações passadas pela Polícia Civil, Flávio Campana, de 41 anos, foi preso pela manhã, no centro da cidade de Apucarana, no norte do estado, e encaminhado até a delegacia de Mandaguari, onde foi ouvido pelas autoridades.

A polícia já vinha monitorando o suspeito já algum tempo e sua prisão foi pedida logo após sair os resultados do exame de material genético feito pelo Instituto Médico Legal (IML).

Suspeito nega o crime

Segundo o delegado de Homicídio de Maringá, Diego Almeida, o material encontrado no corpo e nas roupas da vítima é compatível com o do suspeito. “Não há dúvida nenhuma sobre a participação desse homem na morte de Maria Glória”, afirmou a autoridade.

Além disso, Flávio possui várias marcas de arranhões, o que para a polícia comprova que a vítima entrou em luta corporal com ele.

Já o delegado Zoroastro Nery do Prado, disse que o suspeito não aceitou o resultado dos exames e continua negando participação no crime, no entanto, há imagens fotos com a polícia que mostram ele e outro homem na cachoeira na mesma data e horário em que a Maria Glória desapareceu.

Também pesa contra o suspeito sua ficha criminal. Ele foi condenado pelo crime de abuso em 1998 e possui várias passagens pela polícia por violência contra a mulher.

A polícia não descarta a participação de um segundo homem no crime e aguarda resultados de outros exames para poder concluir o caso.

Maurício Borges, pai da bailarina se disse bastante aliviado com a prisão do suspeito e isso diminuiu um pouco a dor que a família vem tendo. “É uma forma de interromper a dor que a gente sente”, disse.

O crime

A bailarina Maria Glória foi encontrada morta no último dia 26 de janeiro, um, dia após ela ter desaparecido. O corpo foi achado pelos próprios familiares e, segundo informado pela Polícia Civil na época, ela foi vítima de crime sexual. O Instituto Médico Legal (IML) apontou que ela foi morta por asfixia.

A família relatou que no dia anterior ela foi deixada por sua mãe sozinha em uma chácara, próxima a onde fica uma cachoeira, local frequentando por grupos que fazem retiro espiritual. Após isso, sua mãe não conseguiu fazer mais contato com ela e os familiares decidiram sair para procurar. A bailaria foi encontrada morta, por sua irmã, há cerca de 30 metros da cachoeira.