Na manhã da última quarta-feira (18), a Polícia encontrou três corpos – sendo de dois adultos e uma criança – dentro de um carro carbonizado, na cidade de Jarinu, região de Jundiaí, no interior de São Paulo. O veículo, um Fiat Uno, estava em uma fazenda de eucaliptos, perto da Rua Santa Clara, no Jardim Caioçara.

Pelo estado em que os corpos ficaram não foi possível fazer a identificação e eles foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí e posteriormente encaminhados para o IML de São Paulo, onde serão examinados pelo setor de antropologia.

A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí fará a investigação do caso para buscar saber quem são os responsáveis e a motivação do crime. Ninguém foi preso.

Corpos podem ser de família desaparecida

A suspeita é que as três vítimas seja um casal e uma criança, moradores de Jarinu, que estavam desaparecidos desde quarta-feira (18). O veículo foi reconhecido pela família do casal Murilo Soprani e Raquel Souza. Nesta sexta-feira (20), parentes iriam fazer coletas de exames de sangue para o trabalho de identificação.

Mesmo ainda sem a confirmação legal de que os corpos sejam mesmo do casal desaparecido, muitos moradores de Itatiba postaram mensagens nas redes sociais lamentando a morte da família.

Vítima de feminicídio

Assassinada a tiros na porta de uma casa de shows no último domingo (15), em Itatiba, também na região de Jundiaí, Juliana Barros, de 30 anos, havia abacado de ganhar uma medida protetiva contra o ex-companheiro, identificado como Márcio, de 44 anos, principal suspeito pelo feminicídio.

De acordo com reportagem publicada pelo portal G1 nesta sexta-feira (20), em 26 de fevereiro a vítima conseguiu uma medida protetiva contra o ex-companheiro, que chegou a ser intimado dois dias antes, mas afirmou que não mantinha qualquer tipo de contato com a vítima. No entanto, diferente do que disse para as autoridades ele continuou seguindo os passos da jovem.

Em 11 de março ele voltou a ser novamente intimido e advertido de que não poderia nem mandar mensagens de celular para ex-namorada.

Dois dias depois ele se apresentou na delegacia e voltou a negar que tinha contato com Juliana.

No domingo ele foi até em frente a casa de shows onde a vítima estava e ameaçou duas amigas de Juliana. Uma deles disse que não foi baleada porque a arma do criminoso falhou quando ele apertou o gatilho. Elas ainda gritaram para que Juliana fugisse, mas ela acabou atingida na nuca.

O suspeito tentou fugir, mas foi detido por um guarda municipal e um PM, que estavam à paisana. Ele tentou atirar contra os agentes, que revidaram os disparos e mataram o atirador.