Uma confusão em uma boate, ocorrida na madrugada deste domingo (8), em Itumbiara, no sul de Goiás, deixou dois seguranças mortos e outras duas pessoas baleadas. Os tiros teriam sido disparados por um cliente, que momentos antes havia sido expulso do local. O suspeito do crime foi identificado como Pedro Henrique Silva Soares. Ele é considerado foragido e está sendo procurado pela Polícia.

Inicialmente chegou-se a dizer que o suspeito, após ser expulso do estabelecimento, foi até o carro pegou uma arma e voltou atirando. Mas posteriormente, de acordo com relatos de testemunhas, soube-se que ele já havia entrado no local armado e passou a atirar após ser impedido de deixar o lugar levando um copo.

No tiroteio, um dos seguranças foi atingido na cabeça e morreu na calçada enquanto outro, também com tiro na cabeça, foi morto dentro da boate. Um terceiro segurança e um cliente foram feiros e levados para o hospital. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dessas vítimas. Na tentativa de se protegerem, outras pessoas também acabaram se machucando.

Os dois seguranças que morreram são Welder Stevan de Moura Daniel, de 37 anos, e Jorge Pereira Bessa, de 43 anos.

DJ relata tiroteio na boate

Um dos que se machucou na tentativa de escapar de alguma bala perdida foi o DJ Renato Borges, que momentos antes havia terminado sua apresentação e recolhia os equipamentos. Com um corte no supercílio, ele apontou que os seguranças mortos foram verdadeiros heróis ao intervirem na situação.

Ele contou que viu o instante em que o atirador entrou no salão e abriu fogo sem ter um alvo definido. “O alvo não era esse ou aquele segurança. O alvo era todo mundo que estava dentro da boate”, conta Borges, que acabou se atirando no chão e se machucou ao bater com a cabeça na quina do palco.

DJ diz que segurança da boate lhe salvou

O DJ diz que o barulho dos três primeiros tiros veio do lado de fora da boate. Ele acredita que esses disparos mataram o segurança que fica na entrada do estabelecimento. O seguido vigilante foi morto no corredor que dá acesso ao salão e o DJ acredita que se não fosse pela ação dele também poderia ser uma das vítimas, já que estava dois metros atrás dele. “O segurança abriu os braços na minha frente e falou para eu me jogar”, disse Borges. “Ele morreu agonizando na minha frente”, seguiu.

Borges disse que está muito triste pelo ocorrido, mas é grato pela ação dos seguranças, principalmente aquele que lhe protegeu e lhe salvou. “Se não fosse ele, tenho certeza que seria uma vítima”, disse.

A reportagem do portal G1 tentou entrar em contato por meio de telefone e aplicativo de mensagens com os donos do estabelecimento, mas até a manhã desta segunda-feira (9), não havia obtido retorno.