Ex-candidato na corrida presidencial de 2018, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad usou suas redes sociais para manifestar repúdio contra o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Em sua conta oficial no Twitter, Haddad decidiu alfinetar seu opositor e as eleições de 2018, proferindo a seguinte frase: “É duro ter que lidar com um vírus e um verme, simultaneamente.

O petista não citou Jair Bolsonaro em sua publicação, no entanto, nos comentários da postagem, é possível ver que os apoiadores do Governo de Jair se sentiram ofendidos.

Outros políticos também foram às redes sociais manifestar o repúdio e indignação com o posicionamento do presidente em relação à pandemia do novo coronavírus. Manuela D’Avila (PCdoB) foi uma das pessoas que publicaram em seu Twitter, falando sobre a Medida Provisória que o governo de Jair Bolsonaro havia editado na noite de domingo (22). No tuíte, Manuella criticava o fato do presidente não criar nenhum tipo de alternativa para as pessoas mais carentes sobreviverem em tal período, classificando o fato como dramático.

Já Marina Silva (Rede), que também havia participado das eleições presidenciais de 2018, usou sua conta oficial no Twitter para criticar Bolsonaro, dizendo que a medida tomada foi algo totalmente desumano e afirmando que o presidente escolheu preservar grandes empresas dos prejuízos que iriam tomar.

Marina continuou, dizendo que o recado que o governo havia dado era algo vergonhoso e bastante claro, aduzindo para a população apenas se virar e sobreviverem à fome que com a prerrogativa de que, quando tudo isso acabar, talvez tenham emprego. “É de uma insensibilidade e crueldade sem limites”, finalizou a política.

Guilherme Boulos (Psol), que, assim como Marina, disputou o cargo de presidente, também realizou críticas, citando até mesmo em denunciar o líder do Executivo por crime contra a economia popular.

De acordo com ele, os presidentes do Senado e da Câmara, caso achem necessário, podem devolver a MP 927 ao governo sem nem mesmo passar ao plenário, tudo devido à inconstitucionalidade da medida e do crime contra a economia popular (Lei 1.521/5). De acordo com Boulos, caso o façam, a MP perderá a validade de forma imediata.

A polêmica medida provisória

O presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória na qual era autorizado que os empregadores pudessem suspender o contrato de trabalho de seus empregados por até quatro meses. De acordo com o governo, a medida foi exposta para evitar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. Durante tal período, a empresa deverá oferecer ao empregador curso ou programa de qualificação profissional, além de ser obrigado a manter os benefícios de plano de Saúde, caso o trabalhador a tenha.