Sete homens foram mortos na madrugada desta sexta-feira (6), durante uma tentativa de assalto a dois bancos na cidade de Paraí, no Rio Grande do Sul. De acordo com informações passadas pelas autoridades, os suspeitos estavam armados com uma metralhadora, duas pistolas e quatro espingardas. Nenhum policial se feriu na ação e não há informações sobre alguém que tenha sido detido.

A Brigada Militar informou que o bando já vinha sendo monitorado e que três suspeitos já estavam dentro de uma agência do Banco do Brasil enquanto outros quatro próximos ao Sicredi quando teve início o confronto.

Os locais, segundo informou a BM, ficam a 110 metros de distância e os suspeitos iniciaram o tiroteio ao notarem a presença dos policiais. Alguns dos mortos usavam moletons com identificação da Polícia Civil e toucas ninja.

“Quem escolhe o confronto é o criminoso, não a Brigada”, afirmou o Comandante Geral da BM, coronel Rodrigo Mohr Picon, ao comentar a ação dos policiais. De acordo com ele, o objetivo não foi matar e sim cumprir a lei utilizando os meios de forma progressiva.

Ele segue dizendo que o objetivo é prender o criminoso, mas se os mesmos colocam em risco a vida de um policial, legalmente a polícia age. “Quem escolhe o confronto e o final da ocorrência é o criminoso”, diz.

Diversas lojas próximas tiveram os vidros estilhaçados e um carro que estava estacionado foi atingido pelos disparos.

Câmeras ajudaram a monitorar bando

Câmeras de segurança instaladas na entrada da cidade registraram a movimentação da quadrilha. Eles chegaram com dois carros com placas de Porto Alegre, sendo que um havia sido roubado no mês passado e clonado.

O coronel Picon explicou ainda que através do serviço de inteligência mobilizou todo o efetivo para monitorar a área. Já delegado Arthur Reguse disse que os homens mortos ainda não foram identificados, mas informações preliminares dão conta que eles vieram de Guaporé.

Por conta de bombas deixadas nos bancos, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) precisou ser acionado para desativá-las. Três desses artefatos estavam na agência de Sicred e ainda não se sabe quantos haviam no Banco do Brasil. A polícia isolou nove quadras ao redor das agências para trabalhos de perícia.

Moradores escutaram tiroteio

O vendedor Allan Zandoná mora a dois quarteirões de onde ocorreu o confronto entre policiais e suspeitos. Ele disse que após ouvirem os tiros, os moradores já começaram a trocar informações por meio de aplicativos de mensagens e que quando chegou para trabalhar pela manhã encontrou a loja com marcas de tiros. “Estava deitado e ouvi os tiros. Rapidamente os moradores começaram a se comunicar por whats”, contou.