O caso da bebê Ísis Helena, que completaria dois anos nesta terça-feira (21), e que está desaparecida desde o dia 2 de março, em Itapira, no interior de São Paulo, ganhou uma reviravolta nesta segunda-feira (20). Segundo informações da Polícia, a mãe da menina, Jennifer Natalia Pedro, de 21 anos, mudou seu depoimento e disse que a filha está morta. A Mulher disse que o corpo da criança estava em uma mochila e jogou dentro de um rio.
Ainda segundo a polícia, Jennifer relatou em seu depoimento que se desesperou ao ver que a criança havia morrido após ter se engasgado com leite. A mulher está presa de forma preventiva desde a última sexta-feira (17) e agora a polícia tem a intenção de prorrogar a detenção.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que estão sendo realizadas diligências para localizar o corpo e também conseguir mais detalhes sobre o ocorrido. A suspeita é que o corpo da menina tenha sido jogado nas águas do rio do Peixe, mas até a noite desta segunda ele não havia siso encontrado.
João Benedito Camilo Pellisser, advogado de defesa da jovem, após ter acesso ao depoimento, abandonou o caso por "questões de ética e quebra de confiança".
Já a avó da criança se surpreendeu ao saber dessa nova versão e negou ter conhecimento dos fatos.
Ísis nasceu prematura e com microcefalia e também fazia uso de remédios controlados.
Primeira versão foi de desaparecimento
Em seu primeiro depoimento, Jennifer disse que no dia em que a filha desapareceu ela havia saído para sacar dinheiro junto com avó da criança. A menina ficou sozinha na casa junto com o avô, o qual a família acredita que sofra de Alzheimer. No entanto, eles ficaram em cômodos diferentes. A jovem disse que ao retornar, a porta da casa estava aberta e a criança não se encontrava mais lá.
A polícia notou algumas contradições no depoimento da jovem e ao analisar as imagens de câmeras de segurança concluiu que a versão contada por ela não se sustentava, pedindo assim sua detenção na semana passada.
Ao perceber que seu relato inicial havia sido desmontado pelas investigações, Jennifer teria decidido mudar a versão. No novo depoimento, segundo a polícia, ela afirmou que na noite anterior ao desaparecimento a filha estava doente, inclusive com febre.
Por volta das 4 da manhã então deu mamadeira para a filha e a colocou para dormir de barriga para cima e também foi se deitar. Mais tarde, por volta das 6 horas da manhã, ela percebeu que a filha havia morrido asfixiada.
De acordo com a polícia, com medo, a jovem decidiu jogar o corpo da filha no rio e depois, após ir ao mercado com sua mãe, comunicou a polícia sobre o desaparecimento da criança. Ela disse ainda que teria consumido entorpecentes no mesmo local onde arremessou o cadáver da criança.