Sete pessoas, sendo quatro homens e três mulheres, com idades entre 15 e 30 anos, morreram em um grave acidente ocorrido na manhã deste domingo (20), em uma estrada vicinal entre Sertãozinho (SP) e o distrito Cruz das Posses, no interior de São Paulo. Todas as vítimas fatais estavam dentro de um Fiat Palio e voltavam de uma festa.
De acordo com informações passadas pela Polícia Rodoviária, por volta das 6h30, o grupo voltava de uma festa que havia ocorrido em uma chácara da região, no bairro Colina de São Pedro, quando ao passarem pela na estrada vicinal Alcídio Balbo, o motorista perdeu o controle e bateu de frente em um ônibus que transporta trabalhadores rurais, mas que no momento da batida era ocupado apenas pelo motorista, Vanderlei Aparecido Armelindo, que não sofreu ferimentos.
Motorista disse que não deu tempo de fazer nada
Armelindo contou que o carro ao passar por uma curva invadiu a pista contrária e bateu de frente, sem lhe dar tempo de ter qualquer reação e acredita que o condutor do Pálio trafegava em alta velocidade. “Não deu tempo de fazer nada. Estava escuro ainda”, disse o motorista que chamou o socorro, mas as todas as vítimas morreram no local. “Eu só segurei, porque não dava tempo de fazer nada”, completou.
Depois de prestar depoimento e ser submetido ao teste do bafômetro, que não acusou o consumo de bebida alcoólica, Armelindo foi liberado. Os corpos das vítimas foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Ribeirão Preto.
O delegado Rodrigo Bortoletto, que atendeu a ocorrência, disse que o motorista do Pálio era habilitado e que não foram encontrados indícios de bebida alcoólica no veículo, mas acredita que ele tenha consumido durante a festa.
Exames feitos no IML apontarão se de fato o motorista dirigia alcoolizado.
O caso foi registrado como homicídio culposo, ou seja, quando não existe a intenção de matar, e será investigado pela Polícia Civil. Até a tarde deste domingo a identidade das vítimas não haviam sido divulgadas.
Voltavam de uma festa clandestina
Por conta do isolamento social imposto como medida para combater o avanço do coronavírus, o governo estadual proibiu eventos em que haja aglomeração de pessoas, portanto a festa realizada na chácara era ilegal.
A polícia já identificou os responsáveis pelo evento e eles devem ser processados por venderem bebida alcoólica para menores de idade.
A prefeitura de Sertãozinho disse que a Guarda Civil Municipal (GCM) não recebeu nenhuma denuncia entre a noite de sábado e a manhã de domingo dando conta da realização de qualquer festa clandestina, mas adiantou que providências administrativas serão adotadas contras seus responsáveis.