Nesta sexta-feira (12), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) informou que a contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19) em presídios no Brasil aumentou cerca de 800% de maio até o dia atual. Visando o direito a vida (garantia constitucional) o órgão decidiu renovar por mais três meses a soltura de presos solicitando aos magistrados que reconsiderem as recomendações.
O sistema penitenciário junto ao conselho registrou, desde março, 32.530 presos que puderam deixar a detenção, segundo a recomendação ocorrida em 19 estados. A medida tem como base a existência de 2.212 casos de Covid-19 dentro das penitenciárias.
No dia 1º de maio existiam 245 casos com 14 mortes. Hoje o número de mortes aumentou para 53.
Alguns dos servidores que trabalham nas penitenciárias também foram afetados e o ritmo de infectados e mortos por Covid-19 cresce drasticamente. Em maio, haviam 327 trabalhadores infectados; hoje esse número subiu para 2.944 com 41 mortes.
Avanço da pandemia no Brasil
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem avançado rapidamente por todo o Brasil que conta atualmente com 805 mil casos de contaminação e mais de 41 mil mortes pelo Covid-19. Em comparação com o dia 1º de maio em que o país registrava 92.202 casos com 6.412 óbitos tem a demonstração de que no Brasil a pandemia está descontrolada.
Países como os Estados Unidos já informaram que visitantes brasileiros ou que tenham passado pelo este país serão barrados de entrar no estado americano.
Brasil: caminhando para ser o epicentro da pandemia na América
Nesta sexta-feira (12), dados da Organização de Saúde mostram que a situação do Brasil diante da pandemia do Covid-19 é 'preocupante', apesar de o sistema de saúde não estar saturado.
Em segundo lugar no registro de óbitos pelo novo coronavírus estava o Reino Unido, mas nas últimas 24 horas o balanço feito pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil tomou a posição de 2.º lugar superando a marca de 41.481 do Reino Unido e chegando a 41.828 óbitos. O país é o segundo, também, em diagnósticos positivos com 828.810 mil pessoas infectadas pelo coronavírus.
De acordo com especialistas, os números no Brasil podem ser muito maiores devido à falta de testes disponíveis. Os estados com maior número de mortes estão São Paulo e Rio de Janeiro.
Urgência econômica faz estados relaxar nas medidas de quarentena
A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) obrigou o fechamento do comércio mundial. No Brasil, não foi diferente. Desde que a pandemia alcançou o país, vários estados aderiram à quarentena orientada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), além das medidas protetivas do isolamento e distanciamento social contrariando as ordens do presidente Jair Bolsonaro que sempre acreditou ser inevitável o contágio.
Para Bolsonaro, o que deve e pode ser evitado é o caos na economia brasileira.
Nos últimos dias. temendo uma ruína econômica, vários estados começaram a abrir as portas dos seus comércios.
Programas sociais
O ministério da economia junto ao Ministério da Cidadania elaboraram o programa temporário chamado auxílio emergencial que visa dar suporte as famílias brasileiras que estão passando dificuldades financeiras por conta da quarentena, do isolamento e do distanciamento social.
O Governo, por meio da Caixa Econômica Federal, já contribuiu com mais de 65,5 bilhões a mais de 60 milhões de brasileiros. Nos últimos dias foram pagas a segunda parcela de três no valor de R$ 600, R$ 1.200 e R$ 1.800 (conforme a situação cadastral de cada família). O terceiro lote do auxílio começará a ser pago aos beneficiários do Bolsa Família a partir do dia 17 de maio.
A extensão do auxílio já foi aprovada pelo governo. Segundo Paulo Guedes, ministro da Economia, os valores da quarta e da quinta parcela será de R$ 300. O valor é menor, pois se espera que o Brasil volte gradativamente as suas atividades comerciais e que a pandemia comece a dar uma trégua.
Contudo, o governo pretende ampliar o programa Bolsa Família para o Renda Brasil agora que houve a percepção de que há mais de 50 milhões de trabalhadores informais e que necessitam de um auxílio do governo. Segundo Guedes, com os dados de cada cidadão registrados há a possibilidade de tornar o Renda Brasil uma realidade que beneficiará não apenas os que estão no Bolsa Família, mas todos aqueles que já se encontram na base de dados do auxílio emergencial.