Brasil bate recorde mundial de novos casos da Covid-19 em 24 horas. Neste domingo (21), a Agência Mundial de Saúde (OMS) divulgou o boletim diário de casos, indicando 54,7 mil novos infectados pela Covid-19 no Brasil em apenas um dia.
Em janeiro desse ano, a crise mundial do novo vírus teve início. Porém, o maior salto de casos, em um curto período de tempo, aconteceu no Brasil, nas últimas 24 horas, configurando um recorde mundial.
Na quarta e quinta-feira (18), a OMS apresentou números abaixo do esperado no Brasil, o que parecia uma trégua. Entretanto, isso não passou de problemas técnicos em algumas secretarias que tiveram dificuldades em fornecer os números totais.
Exames que aguardavam resultados são alguns dos fatores que influenciaram no aumento dos números. Após a resolução dos problemas técnicos e contabilização correta, os números alcançaram uma marca inédita.
Além dos 54,7 mil casos, ocorreram 1.206 óbitos. Calcula-se que metade dos infectados já estejam curados.
O número máximo de casos registrados em apenas um dia havia ocorrido nos Estados Unidos, em meados de abril, somando 38 mil novos registros.
Na última semana, o Brasil passou por momentos difíceis, chegando ao auge da pandemia, com 1 milhão de casos confirmados, ocupando assim o segundo lugar como o país com o maior número de infectados no mundo.
Segundo a OMS, 183 mil novos casos foram registrados no mundo em apenas um dia, sendo que quase 30% aconteceram no Brasil.
São Paulo
No estado de São Paulo, o governo chegou a comemorar a queda do número de infectados pelo novo coronavírus e vislumbrar certa estabilidade, porém nesta semana os números voltaram a subir. O estado também bateu um recorde, com 1.651 novos casos registrados em menos de uma semana. Mais de 300 mortes foram registradas por dia, em um período de quatro dias consecutivos.
Os registros de casos geralmente diminuem nos fins de semana, pois eles são contabilizados pela data de registro no sistema, e não pela data em que ocorre a confirmação.
A estimativa apresentada pela equipe de saúde é de 15 mil a 18 mil mortes até o fim do mês. Segundo o governo do estado, os números estão dentro do que foi projetado.
A flexibilização da quarentena que ocorreu em todo o país também contribui diretamente para os resultados apresentados.
Segundo especialistas, a volta do comércio e de vários outros estabelecimentos, que acabam gerando aglomerações de pessoas, contribuirá negativamente para os próximos resultados.
OMS
Após os recordes registrados, o órgão se diz preocupado com a situação no mundo. "A pandemia está acelerando", disse o diretor-geral Tedros Adhanom, durante a coletiva de imprensa da OMS.