Na última quarta-feira (22), um bebê de apenas 2 anos foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis, Mato Grosso. De acordo com o portal G1, a criança chegou à unidade com marcas evidentes de maus-tratos como traumatismo craniano, marcas de queimaduras de cigarro e mordidas pelo corpo. A violência contra o bebê teria sido praticada pela mãe e pelo padrasto da criança. Segundo informações do Conselho Tutelar de Mato Grosso, a equipe do Samu teria recebido um chamado do Bairro Parque Universitário para atender a um bebê da localidade que teria se engasgado.

A criança foi prontamente socorrida e encaminhada ao Hospital Regional de Rondonópolis. Na unidade, a equipe médica constatou diversas fraturas e encaminhou o bebê para o centro cirúrgico. Durante o procedimento, os médicos notaram uma série de outras lesões e comunicaram ao Conselho Tutelar que a criança estaria sofrendo maus-tratos há algum tempo, já que possuía lesões ósseas calcificadas.

Bebê estaria em estado grave

Ainda de acordo com o G1, segundo o último boletim médico divulgado pela Santa Casa de Rondonópolis, o estado de saúde do bebê seria grave. A mãe da criança, de 25 anos, e o padrasto, de 23, foram encaminhados à Central de Flagrantes e, após prestarem depoimento, foram autuados por maus-tratos.

Segundo o site O Livre, parceiro do site Metrópoles, Josiane Ourives, conselheira tutelar responsável pelo caso, contou detalhes sobre o estado em que teria encontrado o bebê no hospital.

"Quando cheguei tinham feito apenas o primeiro atendimento. A criança tinha vários hematomas e mordidas espalhados no corpo todo, ela estava desnutrida, uma desnutrição gravíssima, tinha costela quebrada e estava suspeitando de traumatismo craniano", revelou Ourives.

A profissional contou, ainda, que após deixar o hospital, teria ligado para o local, horas mais tarde para saber notícias sobre o bebê. Segundo a conselheira, os médicos a informaram que o estado da criança seria grave, já que a mesma apresentava inúmeras pancadas pelo corpo e pela cabeça. O Conselho Tutelar está com a guarda provisória da criança enquanto a Polícia prossegue com as investigações.

Denúncia

Os casos de violência física ou psicológica contra crianças devem ser denunciadas. O cidadão que presenciar tais práticas poderá fazer uma denúncia anônima através do Conselho Tutelar de sua cidade, ou, se preferir, acionar a Polícia Militar através do número 190, ou a Guarda Municipal através do número 153. Estas forças de segurança ficarão responsáveis por acionar o Conselho Tutelar para apurar as denúncias.