A criatividade criminosa supera todos os obstáculos impostos pela Justiça, ao criar um sistema de fornecimento de drogas ilegais por Delivery. A ação foi descoberta através de uma investigação policial no estado do Rio de Janeiro.
O sistema de delivery é uma prestação de serviço que ganhou força durante a pandemia do novo coronavírus. Com a necessidade de isolamento social e distanciamento, diversas pessoas se viram necessitando do serviço de entrega rápida, o que possibilitou segurança e facilidade.
Sem poder ir em restaurantes e com o aumento do trabalho home office, os entregadores de grandes empresas de comida ganharam um espaço grande no mercado e se tornaram indispensáveis, tornando que fosse comum ver vários motoqueiros e ciclistas trafegando pela cidade.
O que poucas pessoas imaginariam é que alguns desses entregadores, na verdade, não estavam transportando comida ou outro utensílio normal, mas sim drogas ilícitas. Se aproveitando do alto fluxo de movimento, o tráfico de drogas do Rio de janeiro não perdeu tempo e iniciou um serviço de delivery, que rapidamente foi descoberto pela polícia.
A situação toda teve seu desenrolar nessa manhã de sábado (11), na região do Leblon, zona Sul do Rio de janeiro. Durante a operação, os policias estavam cumprindo mandado de busca e apreensão, sendo que estava incluso a prisão temporária dos envolvidos e suspeitos pelo crime.
Os responsáveis por essa operação, que contou com diversos pontos estratégicos para fechar o cerco em volta de toda quadrilha, foram os profissionais da polícia do 14ª DP. As informações demonstram que toda a investigação ocorreu de forma rápida, para impedir que o negócio ilegal crescesse ainda mais.
Dentre os presos como suspeito de participação ativa tem-se Emerson Roberto Sardinha Teles, motorista privado de aplicativo, de 45 anos.
A sua participação dentro do esquema contava com as entregas de drogas por toda cidade, de forma a não chamar atenção, devido ao seu próprio serviço registrado como motorista.
Se aproveitando do trabalho que prestava, Emerson realizou entregas para vários locais do Rio de Janeiro e é suspeito de alimentar a rede criminosa de drogas da região. Durante a prisão, o mesmo não quis falar sobre e previu utilizar do seu direito de manter silêncio.
Durante a operação, outro homem foi atuado, Pedro de Alencar Matos Bevilacqua, acusado de ser a mente por trás de todo o esquema de vendas de drogas na forma de delivery, ele tem apenas 39 anos.
Chama atenção que Pedro, assim como o comparsa Emerson, também estava registrado como motorista de aplicativo particular.
A diferença é que ele indo além, atuava em não apenas uma empresa, mas sim em três, usufruindo dos nomes dessas e da clientela para fazer todo o trabalho de tráfico de drogas.
No momento da apreensão, foi realizado uma vistoria na casa e ambiente aonde eles se encontravam. Segundo as informações dos próprios policiais que atuaram na operação, na residência de Pedro foram encontrados e apreendidos volumes grandes de maconha.
Ponto esse que leva a investigação para um segundo nível, já que a droga encontrada pelos policiais chama atenção por não ser a que se encontra dentro das comunidades cariocas. Levantando suspeitas sobre a real origem e procedência da mesma.
Um dos suspeitos é filho de médicos
Referente a Pedro, as investigações apontam que ele é filho de um casal conhecido de médicos do Rio de Janeiro. Criado em família com condição financeira alta, ele já foi atuado no ano de 2017 em flagrante pela Polícia Federal, acusado de tráfico internacional de drogas.
Segundo informações diretas do delegado Antenor Lopes Martins, que está responsável pela investigação. A dupla de homens é suspeita de fornecer e alimentar o tráfico de drogas do Leblon, Ipanema e outros bairros ricos do Rio de Janeiro.
Em declaração aberta à mídia, o delegado relatou algumas características da investigação e demonstrou sua surpresa em relação ao esquema audacioso, declarando em pauta: "O que chamou a atenção do setor de inteligência da delegacia foi o fato de utilizarem carros de aplicativos para fazer a entrega da droga comprada diretamente na casa dos clientes”, contou o delegado.
Como os dois suspeitos presos na operação têm nível superior, serão transferidos para outra prisão, Bangu 8.