Um dos filhos adotivos de Flordelis, deputada federal apontada como mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson de Carmo, afirmou em depoimento que a parlamentar ia sempre ao seu quarto no intuito de manter relações íntimas com ele. Além disso, ele também afirmou que Flordelis oferecia suas filhas adotivas para manter relações com pastores estrangeiros que vinham até o Brasil para visitar a casa de Rio Comprido, no Rio de Janeiro.

Segundo ele, a mesma oferecia as filhas aos pastores como “forma de recepção”. Ainda em depoimento, o filho adotivo da parlamentar afirmou ter saído da casa de Flordelis em 2000, isso após ter se casado.

As informações foram divulgadas em primeira mão pelo “Jornal das Dez”, da GloboNews, na última quarta-feira (26).

Flordelis convoca fiéis para culto

Em um áudio que começou a ser compartilhado em aplicativos de mensagens na última quinta-feira (27), Flordelis convoca os fiéis para um culto. Além de deputada federal, Flordelis também atua como pastora de uma igreja evangélica localizada na região metropolitana do Rio. “A paz do Senhor, pessoal”, iniciou ela na gravação. Afirmando querer ver todos no culto, a parlamentar ressaltou que a reunião prevalecia. E mais, ela ainda disse que “nada é permanente” e que “tudo vai passar”. As informações foram divulgadas pela Globo.

Relembre o caso

Um inquérito da Polícia Civil apontou a deputada federal Flordelis como sendo a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson de Carmo.

Anderson morreu em junho de 2019 vítima de 30 tiros dentro de casa. De acordo com informações passadas pelo delegado titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI), Allan Duarte, já na primeira fase das investigações foi concluído que o autor dos disparos que tiraram a vida do pastor foi Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico da parlamentar.

Além disso, também na fase inicial das investigações, Lucas César dos Santos, filho adotivo do casal, foi apontado como o individuo que compro a arma de fogo usada no crime.

Agora, com a segunda fase da investigação, com a adição de ações de inteligência e novas provas, Flordelis foi apontada como sendo a mandante do assassinato.

Para indiciar a parlamentar, a apuração aponta duas das motivações que teriam levado a parlamentar mandar matar o próprio companheiro: a emancipação financeira dela e a disputa de poder que existia entre eles.

Após a conclusão da segunda fase do inquérito, a parlamentar foi indiciada por tentativa de homicídio, homicídio triplamente qualificado, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminosa majorada.