O caso de abuso cometido contra uma menina em São Mateus, no Espírito Santo, trouxe muita polêmica e revolta aos brasileiros nos últimos dias. A menina, de apenas 10 dias, foi levada a um hospital no dia 8 de agosto sentindo dores abdominais e, após ser examinada pelos médicos e realizar exames, foi constatado que a menina estava grávida.

Menina denuncia abuso

Após a notícia da gravidez da menina vir à tona, a vítima confessou que era abusada por um tio há quatro anos, desde que tinha seis anos de idade. A menina contou que nunca tinha contado nada pois o suspeito realizava ameaças contra ela e contra a sua família.

A criança morava com seus avós, pois sua mãe já havia falecido e seu pai se encontra preso. O suspeito de cometer os abusos contra a menina era o companheiro de sua tia, de 33 anos, e assim que o caso veio à tona, ele fugiu. Somente no dia 18 de agosto, o homem foi preso em Betim, Minas Gerais.

Ele teria se entregado à Polícia por temer pela sua segurança física, após o caso ganhar uma ampla repercussão nacional. Pouco antes de ser preso, o suspeito chegou a gravar um vídeo e jogar nas redes sociais acusando outros parentes de também terem cometido abusos contra a menina.

Aborto autorizado pela justiça

Após ser descoberta a gravidez na menina, a Justiça capixaba autorizou que um procedimento fosse realizado na mesma, para que a gravidez fosse interrompida.

Após negativa de um hospital para realizar o aborto, a menina foi levada para um hospital da cidade do Recife, em Pernambuco.

O procedimento de expulsão do feto foi realizado no dia 17 de agosto e dias depois, demonstrando estar aliviada, a menina recebeu alta hospitalar. No momento do procedimento abortivo, foi recolhido amostras genéticas do feto, para que pudessem ser comparadas com a do suspeito do crime, denunciado pela vítima.

Resultado de DNA dá positivo com o suspeito

Nesta sexta-feira (28) foi anunciado que saiu o resultado da amostra de comparação entre os DNAs do feto e do homem preso pela polícia. O exame mostrara que os materiais colhidos no homem e no feto são compatíveis, comprovando assim que o suspeito cometeu abuso e engravidou a menina.

A análise teria ficado pronta na terça-feira (25) e já foi encaminhada para o Ministério Público. O homem é considerado réu pelo crime e, se condenado, sua pena poderá chegar a 15 anos de detenção. O rapaz já era conhecido da Justiça, pois já havia sido preso por tráfico de drogas no ano de 2011. Os abusos começaram a partir de 2017, quando o homem conseguiu a reversão da prisão para o semiaberto e por isso voltou a frequentar a casa da família da companheira, onde a menina morava com os avós.