Um crime chocou a população de Canelinha, na Grande Florianópolis, em Santa Catarina. Uma mulher grávida de 38 semanas desapareceu após ir a um chá de bebê surpresa na tarde desta quinta-feira (27). A gestante foi encontrada morta na manhã desta sexta (28), sem o bebê na barriga. Uma amiga da vítima e seu marido foram presos suspeitos de envolvimento no crime.

Amiga de infância confessou crime

Segundo a Polícia, a suspeita relatou em depoimento que também estava grávida. No entanto, teria sofrido um aborto há cerca de dois meses. Como o bebê era muito desejado pela família e todos aguardavam sua chegada com muita expectativa, ela teria tido a ideia de manter a falsa gestação e roubar o bebê da amiga de infância.

O marido da suspeita, que também está preso, foi defendido por ela. Segundo a suspeita, o homem não teve envolvimento e não sabia dos planos dela. Ainda de acordo com ela, após retirar a bebê da barriga da amiga, ela teria ligado para o marido e contado que tinha tido um parto espontâneo e que a filha deles havia nascido.

O crime em detalhes

Após a prisão, a suspeita de 24 anos teria confessado o crime e dado detalhes ao delegado responsável pelo caso. Segundo a polícia, a suspeita afirmou que o chá de bebê surpresa não existia. O evento teria sido inventado por ela como uma forma de atrair a amiga sem levantar suspeitas.

Após estar na companhia da amiga grávida, a mulher teria conduzido-a para um lugar abandonado, onde existia uma cerâmica, hoje desativada.

Ao perceber um momento de distração da gestante, quando a mesma ficou de costas, a suspeita diz ter pegado um tijolo e batido forte em sua cabeça. Com o impacto, a vítima caiu no chão, e ela aproveitou a situação para deferir mais golpes.

Após agredir a amiga até que tivesse certeza que ela estava desacordada, a suspeita teria relatado à polícia que pegou um canivete para abrir a barriga da amiga e tirar a bebê.

Bebê

Sem que a sua família tivesse conhecimento do aborto que a suspeita afirma ter sofrido, o marido dela chegou a ir ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, com a bebê como se fosse sua, e contou a mesma história que ouviu, salientando que sua esposa tinha passado por um parto espontâneo.

Ao atenderam a bebê, a equipe médica percebeu que havia algo errado.

O recém-nascido tinha vários cortes profundos pelo corpo. Foi então que a instituição de saúde entrou em contato com a Polícia Militar. Detalhes sobre o atendimento médico não foram divulgados e serão esclarecidos em depoimento.

O corpo

De acordo com as informações do delegado responsável pelo caso, Paulo Alexandre Freisleben da Silva, a vítima foi encontrada morta e já sem o bebê na barriga. O estilete usado para a retirada do bebê foi encontrado no local do crime.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico Legal da cidade de Balneário Camboriú.