Geralmente as mulheres e suas famílias aguardam ansiosamente a chegada dos filhos quando estão grávidas. Esse momento é rodeado de planos e aguardado com muita ansiedade e também medo, mas as famílias sempre esperam que tudo ocorra bem e mãe e filho possam retornar para casa bem de saúde. O caso de uma Mulher que foi parar na UTI após o parto, juntamente com sua filha, está chocando a população de Mato Grosso.

Marido denuncia parto da esposa

Adalberto de Souza Moreira denunciou a Santa Casa de Rondonópolis, que fica a 218 quilômetros de Cuiabá, na última quinta-feira (13).

Segundo o homem, a esposa Maria Lima de Jesus, de 38 anos, teve a bexiga perfurada durante o parto e sua filha teve parte do couro cabeludo arrancado durante o nascimento.

O rapaz contou que a esposa deu entrada na unidade de saúde no dia 29 de julho, após entrar em trabalho de parto. Ele disse que os médicos falaram que pelo fato da criança ser prematura, de 32 semanas, eles esperariam a mulher completar 34 semanas de gestação para realizarem o parto.

O parto cesariana ocorreu no dia 10 de agosto e depois do procedimento, mãe e filha ficaram em estado grave, tendo que serem levadas para Unidades de Terapia Intensiva. Após denúncias do marido de Maria Lima, o hospital confirmou que o couro cabeludo da recém-nascida havia sido arrancado e que a mãe teve a bexiga perfurada durante o parto.

Mãe e filha ficaram em estado grave

A Santa Casa informou na sexta-feira (14) que a mãe e a menina se encontravam em estado grave, em UTIs da unidade de saúde. Eles informaram na ocasião que a mulher havia despertado na noite de quinta-feira. Segundo a família informou nesta segunda-feira (17), no final de semana Maria Lima deixou a unidade de terapia intensiva e foi encaminhada para uma enfermaria do hospital, onde continuará recebendo acompanhamento do pós-operatório da cesariana.

Sua filha, que recebeu o nome de Natasha Vitória, segue internada em estado grave.

A Santa Casa alega que na hora em que a criança estava sendo retirada do útero da mãe, o espaço entre a bacia óssea da mãe e a cabeça da criança era pequeno e por conta disso, parte do couro cabeludo da criança acabou sendo arrancado.

A unidade de saúde disse que abriu um procedimento administrativo para apurar o que ocorreu quando os profissionais realizaram o parto da mulher na segunda-feira (10).

A direção do hospital disse que está verificando a conduta de todos os profissionais que estavam envolvidos no parto de Maria Lima e que em breve comunicarão o Conselho Regional de Medicina. A família da mulher contratou um advogado para que possam acionar o Ministério Público e assim o caso seja investigado.