Vira e mexe vemos histórias emocionantes de pessoas que se juntam para ajudar alguém que está passando por dificuldades. Um casos desses ocorreu na cidade de Votuporanga, em São Paulo, após o dono de um sorveteria ter a luz elétrica de seu estabelecimento cortada.
Sorveteria tem energia cortada
A chegada da pandemia ao Brasil tem feito com que muitos comerciantes tenham que fechar seus Negócios por não terem como quitar as suas dívidas. O sorveteiro Luíz Augusto Demori é um desses empresários que tem enfrentado dificuldades neste momento e por isso deixou de quitar as contas de energia elétrica de sua sorveteria.
Nesta terça-feira (11), o rapaz postou um vídeo no perfil da gelateria contando que a energia elétrica de seu estabelecimento havia sido cortada e por isso mesmo faria uma promoção para vender os produtos, antes que os mesmos derretessem e ele perdesse tudo. O homem estava aos prantos e não contava que os moradores da região aparecessem em peso em seu comércio.
A publicação de Luís viralizou e os moradores fizeram filas na frente da gelateria para comprar os sorvetes e picolés. O homem conseguiu vender os mais de três mil picolés em menos de três horas, antes que derretessem, visto que os freezers estavam desligados pela falta de energia elétrica.
Surpresa do sorveteiro com a ajuda recebida
O dono da sorveteria conversou com o G1 e disse: “Eu vendi tudo e não acreditei".
Luís disse que ainda existem pessoas de bom coração e que além dos clientes que compraram os seus produtos, muitas pessoas foram até ele lhe ajudando com dinheiro, dando 100, 200 reais. Ele relatou que ainda existem pessoas boas e com disposição para ajudar, mesmo em um momento de crise como o que estamos vivendo. O empresário disse que não tinha palavras para agradecer a ajuda recebida.
O homem é pai de três crianças pequenas e assim como muitos comerciantes estava batalhando para manter o negócio durante a pandemia. A sorveteria de Luís foi aberta em setembro de 2019, com um dinheiro que a família possuía.
Segundo o mesmo, no começo eles enfrentaram algumas dificuldades, mas as coisas estavam se ajeitando quando a pandemia começou.
Ele contou que seu comércio ficou fechado por três semanas, mas que durante a semana santa ficou desesperado e começou a realizar promoções para ver se vendia um pouco.
Luís disse que teve dia de vender apenas 1 real, outros 34 reais. Mesmo vendendo mais de 3 mil produtos nesta terça, o homem contou que ainda não terá condições de quitar as suas dívidas. Segundo o mesmo, a conta de energia chegou ao valor de 17 mil reais, e mesmo dividindo esse valor, as parcelas são muito altas. Ele disse ainda que recebeu uma ordem de despejo do ponto do comércio, pois o mesmo é alugado. Luís desabafou e disse que vive um momento de muito desespero.