Um suposto caso de agressão foi registrado na segunda-feira (3), na cidade de Lages, em Santa Catarina. Quatro amigas estavam realizando uma comemoração em seu apartamento pela conclusão e entrega de um trabalho da faculdade, quando tiveram seu apartamento invadido na noite desta terça-feira (3).

Um dos vizinhos teria se incomodado com o barulho vindo do apartamento das mulheres e, acompanhado da esposa, foi até a residência das estudantes e as agrediu com um cassetete.

Gravação

Um das mulheres conseguiu gravar um vídeo no momento em que tudo ocorreu.

A mulher que estava mais afastada do policial usou seu celular para a gravação. Durante o vídeo, o policial aparece batendo na mesa das mulheres com o cassetete e dizendo que queria a filmagem no dia seguinte. Na tentativa de retirar o celular de uma das vítimas, a esposa do oficial partiu para agressão, avançando em uma das moradoras.

O casal pega uma das mulheres e a arrasta até a porta do apartamento e começa a agredi-la com o cassetete.

Twitter

Uma das moradoras relatou o ocorrido em seu Twitter e disse que conseguiu chamar a Polícia por ser uma das únicas que não sofreu agressão física. A postagem nas redes sociais também continha fotos que comprovavam as agressões. Uma das mulheres ficou com as costas e os braços machucados e outra delas apresentava marcas no rosto.

A vítima relata que foi um momento de muito desespero.

Investigação

De acordo com informações do 6º Batalhão de Polícia Militar, um boletim de ocorrência foi registrado e um procedimento correcional já foi aberto para averiguação dos fatos.

A corporação confirmou a identidade do agressor que de fato se trata de um policial, porém alegaram que as ações foram efetuadas em sua folga, ou seja, fora do âmbito profissional.

Inclusive a nota de esclarecimento informa que o oficial estava afastado de suas funções devido à pandemia de coronavírus, pois ele se enquadra nos grupos de risco da doença.

A instituição ainda deixa claro que a atitude do oficial se trata de fato isolado e que de maneira nenhuma condiz com a preparação e formação dos militares do estado de Santa Catarina.

Filha do policial

Uma publicação teria sido realizada supostamente pela filha do oficial, que dizia que as vizinhas haviam provocado o pai ao tocar uma música tema do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), instituição na qual o policial trabalha.

A publicação, que foi apagada minutos após a postagem, também dizia que o oficial chegou a ligar para as moradoras pedindo que elas parassem com o barulho e com as provocações. A postagem também nega as agressões físicas contra as moradoras e que ele teria tentado conversar, porém recebeu deboches como resposta.

A filha declarou que o oficial sofre de problemas cardíacos e que ele não pode se incomodar, justificando que toda a confusão não ocorreria por motivos fúteis.

Até o momento o agente não se manifestou a respeito do ocorrido.